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O Atalante

L’Atalante

Direção

Jean Vigo

Informações

França
1934. 88min. 14 anos

Formato de exibição

Cópia restaurada em DCP

Parte da mostra

Tudo é Paulo Emílio

A jovem esposa de um marinheiro, cansada de sua vida monótona no barco O Atalante, seduz-se pelas atrações da cidade, deixando seu marido em desespero. Mas cruelmente decepcionada, ela volta para ele, e a felicidade retoma seu caminho natural, em companhia do velho e experiente marinheiro, o Pai Jules.

Originalmente lançado em 1934, quando Vigo já se encontrava bastante doente, com o título de Le chalant qui passe (a mando da produtora Gaumont, com o nome de uma canção popular à época, composta por Cesare Andrea Bixio), O Atalante foi objeto de diversos estudos e restaurações ao longo de 85 anos. O primeiro inventariante dos materiais brutos do filme depositados na Cinemateca Francesa foi Paulo Emílio Salles Gomes, nos anos 1950. Esses materiais foram minuciosamente analisados na biografia Jean Vigo, que seria lançada na França em 1957.

Paulo Emílio, segundo quem “a versão original foi literalmente vandalizada” na transformação de O Atalante em Le chalant qui passe, com apenas duas ou três sequências intactas, comenta que esse corte “foi um fracasso comercial. A exclusividade no [cinema] Colisée durou duas semanas apenas. O público apreciador de melodramas, que acorrera acreditando no título, ficou decepcionado, e o público que não se furtou de vir por causa da música de Bixio, assim como a minoria atraída pelo nome de Vigo, ficou desorientado por uma obra mutilada até a incoerência. Nenhuma publicidade enganosa foi capaz de alterar a impressão negativa causada pelo desapontamento parisiense. A cada sessão do Colisée, havia gente vaiando. A maioria queria simplesmente expressar sua insatisfação ante um filme que julgava ruim, outros, raros, criticavam o comportamento dos produtores.” Vigo morreu poucos dias após o fim da exclusividade do filme no Colisée.

Esta última restauração, completada em 2016 e encabeçada por Bernard Eisenschitz, teve como material de referência uma cópia depositada em Londres, a mais próxima dos desejos originais de Jean Vigo, antes do filme ser modificado pela Gaumont. Nas palavras do restaurador Eisenschitz em catálogo para o Festival Il Cinema Ritrovato de 2016, a intenção foi a de retornar ao filme original de 1933-1934, sem tentar adaptá-lo aos hábitos de audiência dos espectadores do século XXI.

Citação retirada do volume Jean Vigo, de Paulo Emílio Salles Gomes, organizado por Carlos Augusto Calil e publicado pela Cosac Naify em parceria com Edições Sesc São Paulo em 2009.

A exibição dos filmes de Jean Vigo é realizada em parceria com o Institut Français e a Cinemateca da Embaixada da França no Brasil.


Programação

Não há sessões previstas para esse filme no momento.


Ingressos

Os ingressos para as sessões de cinema do IMS são vendidos nas bilheterias dos centros culturais e no site ingresso.com. 
 
As bilheterias vendem ingressos apenas para as sessões do dia. No site, as vendas são semanais: a cada quinta-feira são liberados ingressos para as sessões que acontecem até a quarta-feira seguinte.
 
IMS Paulista
Ingresso: R$8 (inteira) e R$4 (meia).
Bilheteria: de terça a domingo, das 10h até o início da última sessão de cinema do dia, na Praça, no 5º andar.
IMS Rio
Ingresso: R$8 (inteira) e R$4 (meia).
Bilheteria: de terça a domingo, das 11h até o início da última sessão de cinema do dia, na recepção.

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