Oharu, interpretada por Kinuyo Tanaka, é uma prostituta de meia idade. Após mais uma noite sem conseguir clientes, ela caminha com suas colegas. Uma delas pergunta sobre seu passado na corte imperial, ela gentilmente se nega a falar sobre o assunto. Mas, ao entrar em um templo budista, uma das imagens no altar lhe transporta para sua juventude. Ela, então, se lembra de Katsunosuke (Toshiro Mifune), sua primeira paixão.
Nas palavras de Chika Kinoshita, “a sequência de sedução em Oharu, a vida de uma cortesã é encenada com extrema elegância, por ambos os atores e pela câmera de Yoshimi Hirano. A coreografia de desejo não é uma expressão crua de luxúria, mas um fluxo refinado de ações e gestos. O que não deve ser ignorado, no entanto, é que todo gesto gracioso registra não apenas o amor do casal, mas também a posição social de cada um. O ignorar de Oharu ao olhar de Katsunosuke aciona um vetor de movimento constante. Enquanto Katsunosuke expressa repetidamente sua crença no amor romântico livre do sistema feudal de classes, seu amor romântico nunca é realizado na tela. Por que Oharu desmaia? Eu discordo do diagnóstico de Robert Cohen de um desmaio por histeria. Em vez disso, eu argumentaria que Mizoguchi não conseguia imaginar a euforia do amor romântico fora do campo magnético das relações de poder. Alain Bergala resume muito bem a mecânica dessa sequência: ‘Por meio de variações sutis entre o exterior e o interior, com duas mudanças de 180 graus de eixo, a barreira inquebrável de classe que os divide é virada por um abraço tão subversivo que a jovem pode sobreviver apenas com o desmaio’.”
Baseado no romance de Saikaku Ihara, Kochoku ichidai onna, escrito no século XVII.
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