Pioneiro da publicidade no país, autor de retratos marcantes, o fotógrafo nascido no Ceará e que fez fama em São Paulo tem uma amostra das vertentes principais de seu trabalho exposta no Museu da Imagem e do Som de São Paulo. O IMS, que cuida de seu acervo, vem recuperando os originais, que estavam deteriorados, como é possível constatar no “antes e depois” que apresentamos.

Chico Albuquerque notabilizou-se como um dos pioneiros da fotografia de publicidade no Brasil e se tornou referência não apenas nesta área mas também na fotografia de estúdio (retratos), na fotografia industrial e na fotografia de arquitetura e de documentação urbana. Sergio Burgi apresenta a trajetória do fotógrafo, que esteve em exposição com O Estúdio Fotográfico Chico Albuquerque entre outubro de 2014 e abril de 2015 no IMS Poços de Caldas.

O primeiro projeto de Lina Bo Bardi, sua residência do Morumbi, foi publicado nas páginas da revista Habitat e ilustrada por Chico Albuquerque, nas quais ela se apresenta posando em várias situações.

Um dos pioneiros da fotografia de publicidade no Brasil, Chico Albuquerque deixou sua marca em várias áreas, dos retratos em estúdio aos registros urbanos de prédios, ruas, instalações industriais. A exposição O fotógrafo Chico Albuquerque, cem anos ocupará o Museu de Arte Contemporânea do Ceará, em Fortaleza, cidade onde ele nasceu.

Muito além dos jardins, o grande paisagista brasileiro expõe sua arte multifacetada em Nova York. Confira aqui algumas das mil faces de Burle Marx fotografado por Marcel Gautherot, Alice Brill, Chico Albuquerque, José Medeiros e Carlos Moskovics, no conjunto da obra sob a guarda do IMS.

Pioneiro da publicidade brasileira nos anos 1940, ensaísta, teórico da fotografia, exímio retratista, still de Orson Welles no lendário documentário It’s all true, autor de 70 mil imagens de acervo preservado na Reserva Técnica Fotográfica do IMS, Chico Albuquerque começa a ser celebrado pelo ano do centenário de seu nascimento.

Espírito lúdico, marcas do abandono, prazer e dor sem filtros se juntam em ensaio fotográfico garimpado nos acervos do IMS em homenagem ao Dia das Crianças. As imagens datam do período entre 1885 e 1975.

O acervo de Chico Albuquerque chegou em 2006 ao IMS, num convênio com o Museu da Imagem e do Som de São Paulo. Suas 75 mil imagens, produzidas pelo fotógrafo cearense em São Paulo entre 1947 e 1975, foram digitalizadas e se iniciou, em seguida, um minucioso trabalho de recuperação das imagens, boa parte delas degradada.

A clara predileção de Chico Albuquerque pela documentação da arquitetura moderna, com seus elementos marcantes de forma, transparência e luz, está diretamente relacionada à experimentação de linguagem que desenvolveu no espaço urbano da cidade de São Paulo e também aos desafios que a fotografia de publicidade lhe colocava.

O centro da cidade de São Paulo é, para Chico Albuquerque, um campo privilegiado de interação criativa com o espaço urbano. Sua fascinação o leva a realizar uma documentação com abordagens visuais variadas que revelam a dinâmica da cidade tanto durante o dia quanto à noite.

O espaço de construção e reflexão crítica de linguagem autoral de Chico Albuquerque realiza-se, particularmente, na sua participação nas atividades do Foto Cine Clube Bandeirante, sobretudo entre 1947 e 1955.

A trajetória profissional de Chico Albuquerque no campo fotográfico é alicerçada no retrato. Em meados da década de 1940, já atuando profissionalmente, faz estágio nos estúdios dos fotógrafos alemães Erwin von Dessauer e Stefan Rosenbauer, estabelecidos no Rio de Janeiro.