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Anos 1920, Recife em tempo de cinema

IMS Paulista: 7 a 20 de dezembro de 2023

A mostra de filmes Anos 1920, Recife em tempo de cinema propõe conexões da produção pernambucana dos anos 1920, período de intensa atividade cinematográfica no estado, com o cinema realizado em outros locais e com obras pernambucanas de décadas posteriores. As sessões procuram estabelecer esses diálogos no tempo e no espaço, para ressaltar tanto semelhanças quanto singularidades, tanto continuidades quanto rupturas.

Os filmes serão apresentados em cópias 35 mm, 16 mm e digitais em uma rara oportunidade de assistir a uma grande parte do conjunto preservado de filmes pernambucanos desta época. Entre os destaques da mostra, está a exibição pela primeira vez da cópia digital de Retribuição (Gentil Roiz, 1925), considerado o primeiro filme de ficção pernambucano, que receberá trilha sonora ao vivo pelo guitarrista Lúcio Maia.

Realizada em outubro de 2023 pela Cinemateca Brasileira especialmente para esta mostra, a digitalização de Retribuição foi feita em 4k a partir de uma cópia de imagem em nitrato (suporte fílmico utilizado até a década de 1950), que possui diversos trechos com tingimentos e viragens, técnicas de colorização utilizadas com frequência nos filmes silenciosos. A cópia digital de Retribuição reproduz as cores do material em nitrato e apresenta uma qualidade de imagem muito superior às cópias bastante precárias que circularam nas últimas décadas.

A curadoria da mostra é de Luciana Corrêa de Araújo. A realização e a produção são do Cinema do IMS e a curadoria e produção da sessão musicada são de Juliano Gentile, curador de música do IMS.

Anos 1920, Recife em tempo de cinema- Por Luciana Corrêa de Araújo ►
Preservar Recife - Por Carlos Roberto de Souza e Luciana Corrêa de Araújo ►

Realização Instituto Moreira Salles
Curadoria Luciana Corrêa de Araújo
Curadoria musical Juliano Gentile
Sessão com acompanhamento musical Lúcio Maia (guitarra e efeitos), Juba Carvalho (percussão), Pedro Regada (teclados), Lilla Stipp (som), Camila Jordão (luz)
Vinheta Nara Normande e Juliana Munhoz
Cartaz Marcela Antunes de Souza e Taiane Brito

 

Apoio:


Sessões especiais

Exibição de No cenário da vida + A filha do advogado
IMS Paulista, 7/12/2023, quinta, 19h
Sessão seguida de debate com Luciana Corrêa de Araújo, Paulo Cunha e Sheila Schvarzman

Exibição de Retribuição + Almeri e Ari - Ciclo do Recife e da vida
IMS Paulista, 12/12/2023, terça, 20h
IMS Paulista, 13/12/2023, quarta, 20h
Sessões com trilha ao vivo por Lúcio Maia (apenas o filme Retribuição)

Cena de A filha do advogado, de Jota Soares

Filmes


No cenário da vida + A filha do advogado

Classificação indicativa da sessão: livre

O fragmento de No cenário da vida (1930), um dos últimos filmes silenciosos produzidos em Pernambuco, confirma a proximidade com A filha do advogado (1926), especialmente no empenho em mostrar uma Recife urbanizada e de hábitos cosmopolitas, sem descuidar, no entanto, da moral conservadora. Jota Soares, que se tornaria principal referência histórica do cinema silencioso pernambucano, trabalhou nos dois filmes: dirigiu A filha do advogado, no qual também é ator, e a cena de cabaré em No cenário da vida, cujas sessões sonorizou pessoalmente, tocando discos de músicas e ruídos.

 

No cenário da vida
Luís Maranhão e Jota Soares | Brasil | 1930, 6’, 35 mm (Cinemateca Brasileira) | Classificação indicativa: livre

Uma moça, filha de um abastado industrial, e o jovem Rodolfo de Carvalho amam-se intensamente. O casal, bem como outras destacadas figuras da sociedade recifense, encontra-se nas noitadas do Clube Pernambucano. Numa dessas noites trava-se ferrenha briga entre Rodolfo e um seu rival. Mais tarde Rodolfo é condenado por um crime que não cometera, e vai cumprir sua pena em Fernando de Noronha. Mas foge do presídio decidido a se vingar.

 

A filha do advogado
Jota Soares | Brasil | 1926, 92’, 35 mm (Cinemateca Brasileira) | Classificação indicativa: livre

O advogado dr. Paulo Aragão, antes de seguir viagem para a Europa, conta seu segredo ao amigo jornalista Lúcio: tem uma filha biológica, Heloisa, que vive com a mãe numa casa de fazenda no interior. Lúcio fica com a incumbência de providenciar a mudança delas para a capital. Ele então entra em contato com Heloisa e a mãe dela, Lucinda. Com a chegada das duas, Heloisa e Lucio começam um discreto namoro. Ao frequentar festas oferecidas por famílias da sociedade, Heloisa passa a ser assediada pelo rico e irresponsável Helvecio, sem que nenhum dos dois saiba que são filhos do mesmo pai, o advogado Paulo Aragão.

 

Programação

IMS Paulista
7/12, quinta, 19h
Sessão seguida de debate com Luciana Corrêa de Araújo, Paulo Cunha e Sheila Schvarzman
17/12, domingo, 18h

Luciana Corrêa de Araújo
Pesquisadora de cinema e professora na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Mestra e doutora em cinema pela ECA-USP, publicou os livros A crônica de cinema no Recife dos anos 50 (Fundarpe, 1997) e Joaquim Pedro de Andrade: primeiros tempos (Alameda, 2013). Entre outros trabalhos, escreveu diversos verbetes para a Enciclopédia do cinema brasileiro (Edições Sesc, 2000) e o capítulo “O cinema em Pernambuco (1900-1930)” para o livro Nova história do cinema brasileiro (Edições Sesc, 2018).

Paulo Cunha
Professor titular aposentado da Universidade Federal de Pernambuco, onde é orientador no Programa de Pós-graduação em Design. Doutor em artes e ciências da arte pela Universidade de Paris I – Panthéon-Sorbonne (1989), onde defendeu tese sobre as formas de encenação em Glauber Rocha. Foi membro do seminário fechado em teoria do cinema do semiólogo Christian Metz na École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris, onde também obteve o diploma sob orientação do historiador Marc Ferro. Faz cinema experimental (sobretudo curtas em super-8 e em 16mm) e publicou vários livros, entre eles A utopia provinciana: Recife, cinema, melancolia (2010), e  A aventura do Baile perfumado, 20 anos depois (2016).

Sheila Schvarzman
Historiadora e professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo. É autora de Humberto Mauro e as imagens do Brasil (2004) e organizou com Fernão Ramos a Nova história do cinema brasileiro (2018), na qual escreveu três capítulos, dentre eles “O cinema silencioso em Minas Gerais” e “O cinema brasileiro contemporâneo de grande bilheteria”.Publicou artigos e livros sobre a história do cinema e do cinema na história.


Recife no Centenário da Confederação do Equador + As grandezas de Pernambuco + O progresso da ciência médica em Pernambuco + Fabulário tropical

Classificação indicativa da sessão: 14 anos

Os três filmes silenciosos de não ficção se dedicam a enaltecer os progressos de Pernambuco, atendendo aos interesses daqueles que os financiaram, seja o governo do estado e empresários locais, seja a Faculdade de Medicina do Recife. Já o curta Fabulário tropical, filmado originalmente em super 8 por Geneton Moraes Neto, é uma paródia crítica a esses e outros tipos de discursos oficiais e ufanistas, que camuflam as violências perpetradas ao longo da história de Pernambuco.

 

Recife no Centenário da Confederação do Equador
Pernambuco-Film | Brasil | 1924, 12’, 35 mm (Cinemateca Brasileira) | Classificação indicativa: livre

O governador Sergio Loreto e políticos de seu gabinete posam para a câmera. As comemorações do Centenário da Confederação do Equador, desfile da Força Pública (Infantaria, Cavalaria e Corpo de Bombeiros), missa campal celebrada pelo arcebispo D. Miguel Valverde, colocação da pedra fundamental do Palácio da Justiça.

 

As grandezas de Pernambuco
Olinda-Film | Brasil | 1926, 33’, 35 mm (Cinemateca Brasileira) | Classificação indicativa: livre

Filme que mostra as realizações do governo Sergio Loreto, em Pernambuco. Aspectos da cidade de Recife com um breve histórico da região e um passeio pelas localidades da capital pernambucana. O cais do porto, estabelecimentos comerciais e administrativos, igrejas, escolas e academias, mercados, hospitais, estação ferroviária, prédios públicos, ruas, logradouros e bairros. Panoramas, igrejas, ruas e banhistas na cidade de Olinda.

 

O progresso da ciência médica em Pernambuco
Octavio de Freitas | Brasil | 1929, 34’, 35 mm (Cinemateca Brasileira) | Classificação indicativa: livre

Filme financiado pela Faculdade de Medicina do Recife e dirigido pelo médico Octavio de Freitas, mostrando as instalações do novo prédio, os diversos laboratórios, as turmas de aulas práticas e teóricas, a homenagem aos participantes do 5º Congresso Brasileiro de Higiene. Destaque para o Hospital de Doenças Nervosas e Mentais.

Ao analisar o filme, a pesquisadora Ingrid Hannah Salame da Silva afirma: “Não deixa de ser marcante que um dos únicos documentários sobreviventes sobre a saúde médica no Brasil nos anos 1930 trate da personagem negra de modo tão enfático. Percebe-se como o filme corrobora com ideias eugênicas difundidas no início do século XX, que consideravam a mestiçagem e a negritude como fatores pejorativos e fontes de debilidade racial. (...) Nele, os pacientes, em sua maioria negros, é que são os portadores de doenças mentais, não havendo sequer um exemplo de paciente branco representando tais categorias. O branco é o mestre, o professor, eventualmente os funcionários e majoritariamente os alunos, salvo os casos dos mestiços”.

 

Fabulário tropical
Geneton Moraes Neto | Brasil | 1979, 6’, Arquivo digital (cópia gentilmente cedida por Paulo Cunha) | Classificação indicativa: 14 anos

Mordaz filme turístico pelas ruas do Recife, interessado na barbárie histórica que os monumentos e cartões postais ocultam.

 

Programação

IMS Paulista
8/12, sexta, 18h
19/12, terça, 20h

 


Aitaré da Praia + Sem coração [curta]

Classificação indicativa da sessão: 14 anos

Tendo a praia como principal locação e palco para os conflitos, os dois filmes investem em uma variação do contraponto entre campo e cidade, muito recorrente no cinema silencioso brasileiro e latino-americano. Além dessa, os filmes compartilham outras tensões, tão presentes naquele momento quanto agora, que envolvem diferenças raciais e entre classes sociais. A ascensão social do mestiço Aitaré, descendente de indígenas, aponta um projeto de modernidade conservador, que reafirma as hierarquias de poder e o domínio da elite local, cujos desdobramentos se fazem sentir no curta do século 21.

 

Aitaré da Praia
Gentil Roiz | Brasil | 1925, 60’, 16 mm (Cinemateca Brasileira) | Classificação indicativa: livre

Aitaré namora Cora, uma moça da pequena aldeia de pescadores onde os dois vivem. Durante uma pescaria em dia tempestuoso, ele salva o rico coronel Felipe Rosa e sua filha, que ficam retidos na aldeia até a chegada de um barco, que os leva de volta à cidade de Recife. Por causa das intrigas, Cora e Aitaré se desentendem e se separam. Somente tempos depois, os dois se reencontram no Recife.

 

Sem coração [curta]
Nara Normande e Tião | Brasil | 2014, 26’, Arquivo digital (acervo da diretora) | Classificação indicativa: 14 anos

Léo vai passar férias na casa de seu primo em uma vila pesqueira. Lá, conhece uma menina apelidada de Sem Coração, que acaba provocando novos sentimentos no garoto.

 

Programação

IMS Paulista
8/12, sexta, 20h
16/12, sexta, 16h


Tesouro perdido

Humberto Mauro | Brasil | 1927, 79’, 16 mm (Cinemateca Brasileira) | Classificação indicativa: 14 anos

Dirigido por Humberto Mauro na cidade mineira de Cataguases, Tesouro perdido (1927) traz um enredo de aventura em torno de um tesouro cujo mapa é herdado pelo protagonista. Trama e estilos semelhantes conduzem Retribuição, filmado no Recife poucos anos antes. Morando em estados diferentes, os realizadores não se conheciam nem viam os filmes uns dos outros, mas estavam unidos na imensa admiração pelos filmes de gênero hollywoodianos, modelo que havia se tornado hegemônico desde a segunda metade dos anos 1910 e ao qual se vincularam incontáveis produções no Brasil e em outros países.

 

Programação

IMS Paulista
9/12, sábado, 16h
14/12, quinta, 18h


Veneza americana + Praça Walt Disney

Classificação indicativa da sessão: 10 anos

Dois filmes que lidam com as transformações no espaço urbano do Recife. O curta de 2011 se concentra no hoje populoso bairro de Boa Viagem. No longa, a nova Avenida Beira Mar construída no bairro, ainda pouco habitado, é exibida como uma entre outras obras do governo estadual. Em ambos, o tratamento não ficcional se expande, incorporando com inventividade diferentes olhares e percepções sobre o real.

 

Veneza americana
Pernambuco-Film | Brasil | 1925, 70’, 35 mm (Cinemateca Brasileira) | Classificação indicativa: livre

Documentário sobre o progresso de Pernambuco e as obras de urbanização do Recife, promovidas pelo governo estadual, com destaque para as melhorias no Porto do Recife.

 

Praça Walt Disney
Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira | Brasil | 2011, 21’, Arquivo digital (Aroma Filmes) | Classificação indicativa: 10 anos

Uma praça, um bairro, uma cidade, um país. Uma “quase música” sobre uma cultura de ocupação urbana que reflete a sociedade brasileira e mundial. O documentário envereda por uma visão subjetiva, não disciplinada, da realidade de um bairro e de um mundo.

 

Programação

IMS Paulista
9/12, sábado, 18h
15/12, sexta, 18h


Revezes... + Banguê

Classificação indicativa da sessão: 10 anos

Embora tenham pontos temáticos em comum, como a abordagem de conflituosas relações de trabalho e de classe, uma grande aproximação hoje entre os filmes Revezes... (1927) e Banguê (1978) se dá por meio de sua materialidade, já que ambos foram extremamente danificados ao longo do tempo. As cópias digitalizadas carregam essas marcas, que em muitos momentos impedem de ver e ouvir com clareza, mas cujos efeitos e texturas visuais convidam a fruir essas obras como filmes experimentais ou ainda como documentos do acidentado percurso de preservação que caracteriza boa parte do audiovisual brasileiro e do qual os filmes pernambucanos não são exceção.

 

Revezes…
Chagas Ribeiro | Brasil | 1927, 48’, DCP (Cinemateca Brasileira) | Classificação indicativa: livre

Jacinto, dono de uma próspera fazenda, é um homem mau, soberbo e violento; ausentava-se frequentemente para ir às feiras de gado. Seu filho, também perverso, procura conquistar Célia, filha do vaqueiro Augusto, mas ela gosta de Carlos, filho do vaqueiro Anselmo.

 

Banguê
Kátia Mesel | Brasil | 1978, 18’, DCP (Cinelimite)  | Classificação indicativa: 10 anos

Primeiro super 8 sonoro da cineasta Kátia Mesel, o documentário trata dos prisioneiros da Penitenciária Agrícola de Itamaracá.

 

Programação

IMS Paulista
10/12, domingo, 16h
20/12, quarta, 20h


O trem fantasma

El tren fantasma
Gabriel García Moreno | México | 1927, 70’, DCP (Filmoteca UNAM) | Classificação indicativa: 14 anos

Adolfo, um engenheiro ferroviário, é enviado a uma estação da província para investigar uma série de roubos de trens e se apaixona pela filha do chefe da estação. A investigação revela a existência de uma gangue desconhecida, liderada por um homem chamado Ruby, que encontra maneiras de cometer seus crimes em plena luz do dia.

Em O trem fantasma, os filmes de gênero hollywoodianos têm uma incorporação das mais inventivas, que não exclui até mesmo a paródia. Filmado em Orizaba, no estado mexicano de Veracruz, El tren fantasma é exemplo de produção regional que, assim como os filmes de Recife e Tesouro perdido, mescla aspectos locais com procedimentos caros aos filmes de aventura, como nas sequências ambientadas no covil dos bandidos ou na briga entre mocinho e vilão em cima de um trem em movimento.

 

Programação

IMS Paulista
10/12, domingo, 18h
19/12, terça, 18h

 


Retribuição + Almeri & Ari: Ciclo do Recife e da vida


Jurando vingar + O homem da mata

Classificação indicativa da sessão: 14 anos

As plantações de cana-de-açúcar da Zona da Mata pernambucana constituem o ambiente dominante nestes dois filmes. Enquanto o longa-metragem Jurando vingar se concentra na saga justiceira de um proprietário de terras branco, o curta O homem da mata acompanha um trabalhador negro do canavial, que é também pai de santo e brincante no cavalo marinho. Um traço de continuidade entre eles é o cinema popular de aventura, percurso no qual se insere também o cineasta Simião Martiniano, que aparece no curta como ator, em uma encenação que remete tanto às suas produções de baixo orçamento quanto ao modelo estrangeiro dos filmes de ação e faroeste, que marca Jurando vingar.

 

Jurando vingar
Ary Severo | Brasil | 1925, 50’, 35 mm (Cinemateca Brasileira) | Classificação indicativa: livre

O plantador de cana Julio Serra se apaixona por Bertha, moça que trabalha em um bar. Ele se envolve em uma briga com Antonio Moraes, conhecido como Aviador, que desrespeitara sua amada. Depois de ser vencido na luta, Aviador mata a irmã de Julio, que jura vingança, e sequestra Bertha, levando-a para um esconderijo, no qual mocinho e bandido voltam a se enfrentar.

 

O homem da mata
Antônio Carrilho | Brasil | 2004, 20’, 16 mm (acervo do diretor) | Classificação indicativa: 14 anos

José Borba da Silva, ator, canavieiro, cantor, pai de santo e artista da cultura popular, interpreta Jack, o vingador justiceiro, super-herói defensor dos trabalhadores da Zona da Mata de Pernambuco.

 

Programação

IMS Paulista
14/12, quinta, 20h
16/12, sábado, 18h


Sob o céu de Antioquia

Bajo el cielo antioqueño
Arturo Acevedo Vallarino | Colômbia | 1925, 98’, Arquivo digital (Fundación Patrimonio Fílmico Colombiano) | Classificação indicativa: 14 anos

Jovem de família abastada, Lina mantém, contra a vontade de seu pai, Don Bernardo, um caso com Álvaro, um jovem boêmio que desperdiça sua fortuna.

Os diversos pontos de contato da produção colombiana Bajo el cielo antioqueño (1925), também ela filmada fora da capital do país, com os filmes silenciosos pernambucanos indicam uma matriz ideológica em comum. A modernidade representada tanto no campo quanto na cidade, seja com tratamento ficcional ou documental, incorpora elementos da tradição local, mas valoriza sobretudo o domínio da elite burguesa. O enredo aproxima particularmente o filme colombiano de A filha do advogado, já que ambos exploram o melodrama em meio a famílias da boa sociedade, com um jovem rico e irresponsável entre os personagens principais e o julgamento em tribunal de um crime que envolve a honra feminina.

 

Programação

IMS Paulista
15/12, sexta, 20h
17/12, domingo, 16h

 


Vídeo


Programação

IMS Paulista: 7 a 20 de dezembro de 2023

 

IMS PAULISTA

7/12/2023, quinta
19h - No cenário da vida + A filha do advogado
Sessão seguida de debate com Luciana Corrêa de Araújo, Paulo Cunha e Sheila Schvarzman

8/12/2023, sexta
18h - Recife no Centenário da Confederação do Equador + As grandezas de Pernambuco + O progresso da ciência médica em Pernambuco + Fabulário tropical
20h - Aitaré da Praia + Sem Coração [curta]

9/12/2023, sábado
16h - Tesouro perdido
18h - Veneza americana + Praça Walt Disney

10/12/2023, domingo
16h - Revezes... + Banguê
18h - O trem fantasma

12/12/2023, terça
20h - Retribuição + Almeri e Ari - Ciclo do Recife e da vida
Sessão com trilha ao vivo por Lúcio Maia (apenas o filme Retribuição)

13/12/2023, quarta
20h - Retribuição + Almeri e Ari - Ciclo do Recife e da vida
Sessão com trilha ao vivo por Lúcio Maia (apenas o filme Retribuição)

14/12/2023, quinta
18h - Tesouro perdido
20h - Jurando vingar + O homem da mata

15/12/2023, sexta
18h - Veneza americana + Praça Walt Disney
20h - Sob o céu de Antioquia

16/12/2023, sábado
16h - Aitaré da Praia + Sem Coração [curta]
18h - Jurando vingar + O homem da mata

17/12/2023, domingo
16h - Sob o céu de Antioquia
18h - No cenário da vida + A filha do advogado

19/12/2023, terça
18h - O trem fantasma
20h - Recife no Centenário da Confederação do Equador + As grandezas de Pernambuco + O progresso da ciência médica em Pernambuco + Fabulário tropical

20/12/2023, quarta
20h - Revezes... + Banguê


Ingressos

Vendas
Os ingressos do cinema podem ser adquiridos online ou na bilheteria do centro cultural, mais informações abaixo.

Meia-entrada
Com apresentação de documentos comprobatórios para professores da rede pública, estudantes, crianças de 3 a 12 anos, pessoas com deficiência, portadores de Identidade Jovem e maiores de 60 anos.

Cliente Itaú
Desconto de 50% para o titular ao comprar o ingresso com o cartão Itaú (crédito ou débito). Ingressos e senhas sujeitos à lotação da sala.

Devolução de ingressos
Em casos de cancelamento de sessões por problemas técnicos e por falta de energia elétrica, os ingressos serão devolvidos. A devolução de entradas adquiridas pelo ingresso.com será feita pelo site.


IMS Paulista

Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
Bilheteria: de terça a domingo, das 12h até o início da última sessão de cinema do dia, na Praça, no 5º andar.

Os ingressos para as sessões são vendidos na recepção do IMS Paulista e pelo site ingresso.com. A venda é mensal e os ingressos são liberados no primeiro dia de cada mês.

Não é permitido o consumo de bebidas e alimentos na sala de cinema.

Os ingressos para as sessões Retribuição + Almeri & Ari: Ciclo do Recife e da vida devem ser adquiridos pela plataforma Sympla ou no dia do evento na bilheteria do IMS Paulista. Vendas antecipadas pelo site a partir de 28/11/23.