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Retrospectiva Seijun Suzuki no IMS Rio

Mostra de filmes

Seleção de filmes do diretor Seijun Suzuki

IMS Rio

Rua Marquês de São Vicente, 476
Gávea - Rio de Janeiro/RJ

Quando

1 de fevereiro a 8 de março de 2020

A partir do dia 1 de fevereiro, o cinema do IMS Rio recebe uma retrospectiva do cineasta japonês Seijun Suzuki (1923-2017), que ficou conhecido por seu trabalho iconoclasta e seu senso de humor particular, além de trabalhar com a desconstrução espaço-temporal em filmes como Tóquio violenta e Portal da carne. Suzuki teve uma carreira longeva de cerca de 50 anos, quando produziu filmes formativos para nomes como Quentin Tarantino, Jim Jarmusch e Takeshi Kitano. Serão apresentados 17 filmes, 15 em cópias em 35 mm, com o apoio da Fundação Japão.

As sinopses da mostra foram escritas pelo crítico Ruy Gardnier.

Seijun Suzuki, o antimestre - Ruy Gardnier apresenta a trajetória do cineasta

Co-realização


Como participar

Entrada gratuita. Sujeita à lotação.
Ingressos distribuídos 30 minutos antes de cada sessão. Uma senha por pessoa.


Filmes

Mire na viatura
Jusango taihisen yori: Sono gososha o nerae
Seijun Suzuki | Japão | 1960, 84', 35 mm

1/2, sábado, às 16h
7/2, sexta, às 20h

Um camburão é atacado no meio da estrada e dois prisioneiros morrem alvejados por um franco-atirador. Daijiro Tamon, o policial encarregado de fazer a segurança do carro de polícia, é acusado de negligência e suspenso por seis meses. Indignado, ele começa a fazer por si mesmo uma investigação para descobrir os mandantes do atentado. À medida que desvenda fatos novos sobre algumas mulheres ligadas aos presos assassinados, surgem outros crimes relacionados ao caso, e diversas pistas apontam para a empresa Hamaju, uma agência de talentos dirigida pela misteriosa Yuko Hamashima, que gerencia modelos de striptease e garotas de programa. Este é um dos primeiros filmes dirigidos por Suzuki no subgênero do mukokuseki akushon (borderless action), filme de ação e mistério caracterizado pela influência dos filmes de gângster do cinema americano.

Fera adormecida
Kemono no nemuri
Seijun Suzuki | Japão | 1960, 85', 35 mm

1/2, sábado, às 18h
11/2, terça, às 20h

Depois de dois anos trabalhando em Hong Kong, o executivo Junpei Ueki volta a Tóquio e está prestes a se aposentar, mas desaparece misteriosamente depois de uma festa de despedida oferecida pela empresa em que trabalha. Preocupada com o sumiço do pai, a jovem Keiko começa a investigar as circunstâncias do desaparecimento em conjunto com seu namorado, o jornalista Shotaro Kasai. As primeiras descobertas fazem Shotaro mergulhar na vida noturna de Tóquio e de Yokohama, onde ele descobre que o pai de Keiko está envolvido com um grupo criminoso que tem origens numa seita de culto ao Deus-Sol. Keiko se recusa a acreditar que seu pai leva uma vida criminosa, e Shotaro explica que toda pessoa tem um “animal dormente" dentro de si, podendo ser acordado a qualquer momento. Narrativa detetivesca típica da produção “B” da Nikkatsu no período, à qual Suzuki incrementa seu estilo visual marcante.

Tudo vai mal
Subete ga kurutteru
Seijun Suzuki | Japão | 1960, 72', 35 mm

2/2, domingo, às 16h
11/2, terça, às 18h30

Relato de um grupo de adolescentes que rouba carros e organiza estupros coletivos, dentre os quais está Jiro, que convive com eles mas não se mete em crimes ou em promiscuidade. Jiro vive com sua mãe, Misayo, uma viúva que há anos é sustentada pelo amante, o sr. Nanbara, um executivo da indústria bélica. Quando descobre que o sr. Nanbara estará presente no aniversário de sua mãe, Jiro revolta-se e entra para a vida transviada de seus amigos. Depois de seu primeiro roubo, os amigos vão ao bar para comemorar, e a bela Toshimi se oferece para passar a noite com ele. Enquanto isso, Etsuko, uma estudante que vive um relacionamento sem compromissos, descobre que está grávida e tenta correr atrás de dinheiro para o aborto. A vida de todos esses personagens se entrelaçará de modo surpreendente. Narrativa de juventude desenfreada, que contém muitos pontos de contato com Conto cruel da juventude (Nagisa Oshima, 1960), marco da nouvelle vague japonesa.

Abaixo os vândalos
Kutabare gurentai
Seijun Suzuki | Japão | 1960, 80', 35 mm

2/2, domingo, às 18h
12/2, quarta, 18h30

Criado como órfão, Sadao Matsudaira é um jovem que trabalha como assistente de pintor até descobrir que é o único herdeiro de uma família nobre que vive numa ilha paradisíaca. Seu senso de integridade faz com que ele recuse a herança num primeiro momento, mas, diante da promessa de que ele conheceria finalmente sua mãe, aceita viajar até a ilha ancestral da família. Lá ele conhece sua avó, que parece recebê-lo com efusividade excessiva para um neto ilegítimo, e também trava contato com um suspeito grupo de empresários que querem transformar a ilha na “Mônaco do Oriente”. Com o dinheiro herdado, ele constrói um parque público e um albergue para jovens. O que Sadao não sabe é que a namorada do chefe dos empresários é ninguém menos do que aquela que ele busca desde que chegou à ilha: sua mãe. Neste primeiro filme em cores de Suzuki, a narrativa mescla elementos de melodrama com filme de rock’n’roll.

Detetive Bureau 2-3
Tantei jimusho 23: Kutabare akuto-domo
Seijun Suzuki | Japão | 1963, 89', 35 mm

4/2, terça, às 18h
15/2, sábado, às 16h

A polícia japonesa fica apreensiva depois que um carregamento de armas do exército americano é roubado e ocorre um violento tiroteio entre gangues yakuza rivais. O inspetor Kumagai prende Manabe, um dos sobreviventes do tiroteio, a fim de interrogá-lo e conseguir informações sobre as ações criminosas recentes. Sem acusação contra Manabe, a polícia tem que soltá-lo, mas isso significaria entregá-lo nas mãos dos criminosos. Aí entra o detetive particular Hideo Tajima, chefe do Bureau 2-3, que se oferece para ser o guarda-costas de Manabe e envolver-se nos meios criminosos para recuperar as armas roubadas. O que se segue é um carnaval de cenas de tiroteio, música e comédia. Primeiro longa de Suzuki protagonizado por Joe Shishido, que atuaria no papel principal de mais cinco de seus filmes, incluindo sua obra mais conhecida, A marca do assassino. O filme teve uma continuação, dirigida por Nozomu Yanase.

A juventude da besta
Yaju no seishun
Seijun Suzuki | Japão | 1963, 92', DCP

4/2, terça, às 20h
3/3, terça, às 20h

Joji Mizuno era policial até ir para a cadeia, vítima de uma cilada da yakuza. Depois de cumprir a pena, ele tem notícias da morte de um amigo seu, no que parece ter sido um duplo suicídio. Desconfiado, ele fará de tudo para descobrir a verdade sobre a morte de seu amigo. Assim, ele começa a agir como um bandido brutal até chamar a atenção de um chefe da yakuza, que o chama para a organização. Uma vez lá, ele começa a negociar com uma facção rival e cria situações para instigar uma guerra de gangues, ganhando muito dinheiro e status enquanto os dois grupos se esfacelam. Será Mizuno desmascarado antes de descobrir como morreu seu amigo? A juventude da besta é considerado um marco na obra de Suzuki pelo modo como o estilo visual excêntrico começa a tender para a abstração, sendo o início do momento mais rico da primeira metade de sua carreira.

Portal da carne
Nikutai no mon
Seijun Suzuki | Japão | 1964, 90', DCP

5/2, quarta, às 20h
6/3, sexta, às 20h

Alguns anos depois do fim da 2ª Guerra Mundial, um grupo de prostitutas habita um bairro sujo e destroçado. Elas moram num prédio em ruínas e seguem um código de comportamento severo, que envolve a proteção do território, a recusa de cafetões e a proibição estrita de fazer sexo não remunerado. Maya, uma jovem que perdeu toda a família na guerra, aparece por lá e começa a fazer parte do grupo. Em seguida chega Shintaro, um ladrão que matou um soldado americano do exército de ocupação. Como ele está baleado e muito fraco, elas permitem que ele se esconda no prédio. À medida que o tempo passa, as mulheres passam a desenvolver sentimentos conflitantes em relação a Shintaro, especialmente Maya. Mas apaixonar-se é um tabu, e isso pode levar à expulsão dos dois do grupo. Segunda adaptação cinematográfica do popular romance homônimo de Taijiro Tamura, publicado em 1947.

Nosso sangue não perdoa
Oretachi no chi ga yurusanai
Seijun Suzuki | Japão | 1964, 97', 35 mm

6/2, quinta, às 20h
8/2, sábado, às 16h

Ryota e Shinji eram crianças quando o pai deles foi assassinado pela yakuza. Em seu leito de morte, a vontade final do pai foi que seus filhos jamais entrassem para a organização criminosa. Dezoito anos passados, o clamor de vingança reaparece. Ryota não obedeceu aos desígnios do pai e é um eficiente chefe na yakuza, apesar da fachada de empresário bem-sucedido e da reputação de chefe de família. Shinji, por sua vez, trabalha como publicitário, mas seu sangue quente faz com que ele também se sinta tentado a flertar com o mundo do crime, principalmente depois que é demitido do emprego por suas arruaças. Ryota fará de tudo para que seu irmão menor não enverede pelas mesmas vias que ele. Mas quando os dois irmãos têm a chance de fazer justiça a seu pai, eles se unem, e a narrativa conduz a um desfecho violento.

Tóquio violenta
Tokyo nagare-mono
Seijun Suzuki | Japão | 1966, 83', 35 mm

8/2, sábado, às 18h
16/2, domingo, às 16h

Kurata, um chefe da yakuza, decide abandonar as atividades criminosas e dedicar-se apenas aos negócios lícitos. Ele desmembra seu grupo mas Tetsuya “Phoenix Tetsu” Hondo, seu fiel escudeiro, decide acompanhá-lo. Depois de recusar a oferta de participar do clã yakuza liderado por Otsuka, Tetsu começa a ser vítima de atentados, mas sempre escapa. Kurata convence Tetsu a sair de Tóquio e virar um andarilho, assim evitando novos ataques. Tetsu obedece, mas os atentados continuam, aonde quer que ele vá. Quando se encontra com Umetani, um aliado de Kurata, Tetsu descobre que seu antigo chefe uniu-se a Otsuka para matá-lo. Sentindo-se traído, o andarilho volta a Tóquio para confrontar-se com todos aqueles que planejaram matá-lo. Tóquio violenta é um dos filmes mais delirantes de Suzuki, e talvez aquele em que ele vai mais longe no uso da abstração e da cor em seu período na Nikkatsu.

Elegia da briga
Kenka ereji
Seijun Suzuki | Japão | 1966, 86', 35 mm

9/2, domingo, às 18h
16/2, domingo, às 18h

Okayama, anos 1930. O jovem Kiroku frequenta o ensino médio e fica hospedado na casa de uma família católica. Ele se apaixona por Michiko, a filha da família. Incapaz de expressar seus sentimentos, por timidez e culpa católica, Kiroku canaliza sua libido na violência. Ele faz amizade com Turtle, um arruaceiro da área, aprende a lutar e entra para uma gangue da escola, a OSMS. Sua vida é brigar com as outras gangues da escola. Depois que Turtle desentende-se com o líder do bando, Kiroku assume a liderança do grupo e impõe um severo regime de desobediência total às regras da escola, além de proscrever o convívio com mulheres. Posteriormente, Kiroku é expulso e foge de Okayama junto com Turtle. Kiroku vai morar com seus tios em Fukushima e retoma a escola, mas novamente tenta entrar em gangues da área. Adaptação do cineasta Kaneto Shindo para o romance de Takashi Suzuki, tendo como âncora histórica a tentativa de golpe de Estado pelo exército imperial, em fevereiro de 1936.

A marca do assassino
Koroshi no rakuin
Seijun Suzuki | Japão | 1967, 91', 35 mm

9/2, domingo, às 16h
15/2, sábado, às 18h

Goro Hanada é o “Número 3” no ranking de assassinos de aluguel do submundo japonês. Chegando a Tóquio, ele reencontra Kasuga, um ex-assassino de aluguel que trabalha como taxista. Juntos, eles são contratados para escoltar um cliente até Nagano. No trajeto, eles sofrem uma série de emboscadas em que estão envolvidos o “Número 2” e o “Número 4” do ranking, que morrem no tiroteio. Ninguém conhece a identidade do “Número 1”, mas supõe-se que ele também esteja envolvido no esquema. Na volta para casa, ele conhece Misako, uma mulher misteriosa com obsessão por coisas mortas. Ela oferece a Hanada um contrato para matar quatro pessoas. Por causa de uma borboleta que pousa no cano de sua arma, ele erra o último alvo e precisa se esconder para continuar vivo. O estilo selvagem e elíptico do filme levou Suzuki a ser banido da indústria por ter realizado uma obra “incompreensível”. Hoje, o filme é considerado um marco de invenção formal, fonte de inspiração para incontáveis cineastas.

História de melancolia e tristeza
Hishu monogatari
Seijun Suzuki | Japão | 1977, 91', 35 mm

8/2, sábado, às 20h
14/2, sexta, às 20h

Reiko Kashiwagi é uma modelo profissional. Ela é contratada e transformada em golfista por uma revista de moda que pretende usá-la como garota-propaganda de uma nova marca de roupas para golfe. Reiko sagra-se campeã logo em seu primeiro torneio e torna-se famosa da noite para o dia. Ela vira uma sensação televisiva, aparecendo frequentemente de biquíni e com um taco de golfe. Tudo começa a degringolar quando a sra. Semba, sua vizinha, desenvolve uma obsessão por Reiko, telefonando insistentemente e pedindo autógrafos no estúdio da TV. Saindo de uma noitada, Reiko e seu empresário atropelam acidentalmente a sra. Semba, e fogem sem prestar ajuda, temendo que o caso arruíne a carreira da modelo. Mas a sra. Semba sobrevive e passa a chantagear Reiko. Primeiro filme de Suzuki depois de dez anos de ostracismo, em estilo mais sereno e depurado, em comparação com as obras dos anos 1960.

Zigeunerweisen
Zigeunerweisen
Seijun Suzuki | Japão | 1980, 144', 35 mm

7/3, sábado, às 16h30

Aochi, um professor universitário de alemão, encontra com seu antigo colega Nakasago quando viaja de férias para um vilarejo à beira-mar. Nakasago vive como nômade e é perseguido por um grupo local, acusado de ter seduzido e assassinado a mulher de um pescador. Depois que Aochi resolve a situação do amigo com a polícia, os dois jantam e conversam sobre a vida, acompanhados pela gueixa Koine. Seis meses depois, Aochi volta para visitar o amigo e descobre que ele está casado com Sono, uma mulher incrivelmente parecida com Koine. Repentinamente, Nakasago foge com Koine, abandonando Sono, que está grávida. Mas tudo pode ser sonho, delírio ou realidade. Acompanhando a trama, a peça musical “Zigeunerweisen” (1878), de Pablo de Sarasate, toca com insistência. Primeiro filme da “trilogia de Taisho”, que faz referência ao Japão dos anos 1910-1920, foi vencedor de quatro prêmios da Academia Japonesa em 1981, incluindo os de Melhor Filme e Melhor Diretor.

Kagero-za
Kagero-za
Seijun Suzuki | Japão | 1981, 139', 35 mm

7/3, sábado, às 19h30

Tóquio, 1926. Shunko Matsuzaki é um dramaturgo de teatro shinpa (moderno), e tem como mecenas o poderoso Tamawaki. Um dia, ele se depara com a bela Shinako numa ponte. Ela pede que Matsuzaki a acompanhe até o hospital para fazer uma visita a uma mulher moribunda. Ela deseja sua companhia pois tem medo de encontrar uma senhora vendedora de fisális, fruta que supostamente contém as almas das mulheres. Matsuzaki recusa, mas Shinako retorna em outras aparições, e torna-se sua amante. Em seguida, ela desaparece. Tempos depois, Matsuzaki descobre que Shinako pode ser o fantasma de uma antiga esposa de Tamawaki. Depois de receber uma carta de Shinako, Matsuzaki viaja para Kanazawa a fim de encontrá-la. No trem, ele encontra Tamawaki, que diz que está viajando para presenciar um suicídio por amor. Segundo filme da “trilogia Taisho”, que segue o mesmo estilo alucinatório do primeiro.

Yumeji
Yumeji
Seijun Suzuki | Japão | 1991, 128', 35 mm

8/2, domingo, às 19h

A vida ficcionalizada do pintor e poeta Yumeji Takehisa (1884-1934). Yumeji está em Kanazawa, esperando a chegada de sua amante Hikono, quando se depara com a bela viúva Tomoyo, que perambula pelas cercanias de um lago procurando o corpo de seu marido Wakiya, supostamente assassinado por um bandido. O pintor fica impressionado com Tomoyo e ajuda a viúva em sua busca. Em seguida, eles se tornam amantes. A trama fica mais complexa quando aparecem Matsu, o suposto bandido assassino, e a modelo Oyo, também amante de Yumeji. Até que o próprio Wakiya reaparece, sem que saibamos tratar-se de um fantasma ou de uma presença real. Último volume da “trilogia Taisho”, o filme intensifica os procedimentos oníricos e alucinatórios dos filmes anteriores, chamando mais a atenção para os elementos simbólicos e as atmosferas do que para a trama.

Pistol Ópera
Pistol Opera
Seijun Suzuki | Japão | 2001, 112', 35 mm

12/2, quarta, às 20h
15/2, sábado, às 19h45

Miyuki Minazuki, apelidada de “Gata de Rua”, é a “Número 3” no Sindicato de Assassinos. Ela mora com sua avó, e sua arma preferida é uma pistola. Gata de Rua recebe suas ordens de Sayoko Uekyo, uma mulher enigmática de vestido branco. Ela parece confortável com sua posição no ranking, mas a rivalidade se intensifica quando o misterioso “Número 1”, apelidado de “100 Olhos”, começa a atacar os outros assassinos que estão no topo da hierarquia. Quando Sayoko informa Gata de Rua de que 100 Olhos agora é um alvo para o Sindicato, surge a oportunidade para matá-lo e assumir o primeiro lugar. Espécie de remake e continuação de A marca do assassino (Goro Hanada, protagonista em 1967, é agora “Número 0”, um conselheiro de Gata de Rua), o filme aplica o estilo tardio de Suzuki à matriz dos filmes de gângster que ele fazia na Nikkatsu, resultando num painel delirante de cores e ritmos, um balé ou uma ópera de sedução e morte.

Princesa Guaxinim
Operetta tanuki goten
Seijun Suzuki | Japão | 2005, 101', 35 mm

5/3, quinta, às 20h
8/3, domingo, às 16h30

A vida do príncipe Amechiyo está em risco depois que um profeta ou oráculo anuncia a seu pai, o lorde Azuchi Momoyama, que ele deixará de ser o mais belo entre todos os seres do universo. Lorde Azuchi ordena então que um monge vá até a Montanha Sagrada e mate o príncipe. Este é salvo por uma horda de guaxinins, que atacam o monge na floresta. A Princesa Guaxinim, em sua forma humana, encontra Amechiyo adormecido na floresta e cuida dele até que ele recobre os sentidos. No caminho para o Palácio Guaxinim, a princesa fere seu pé numa armadilha, e agora é Amechiyo que salva sua vida. Os dois se apaixonam. Quando chegam ao Palácio Guaxinim, os nobres rejeitam a união, pois é tabu que humanos e guaxinins possam se amar. Enquanto isso, lorde Azuchi descobre o paradeiro do filho e declara guerra aos reino guaxinim. Em seu último filme, Suzuki mergulha na fantasia do conto de fadas e da comédia musical, criando uma apoteose de cor e movimento.


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