Neste aniversário de 100 anos de nascimento de Thomaz Farkas, o IMS celebra um dos grandes nomes da fotografia e do cinema brasileiros anunciando a exposição Thomaz Farkas todomundo, em cartaz no IMS Paulista a partir de 19 de outubro.
Nascido em Budapeste, na Hungria, em 17 de setembro de 1924, Farkas chegou ao Brasil aos seis anos. Sua paixão pela fotografia começou cedo, aos oito anos, quando ganhou a primeira câmera. Essa jornada resultou em mais de 34 mil imagens entre os anos 1940 e 1990, cobrindo momentos decisivos da história do Brasil. Esse acervo, com sua fusão entre rigor estético e olhar humanista, hoje se encontra sob guarda do Instituto Moreira Salles.
Na década de 1940 Farkas integrou o Foto Cine Clube Bandeirante. Sob influência do movimento da fotografia direta dos EUA, capturou a modernização de São Paulo com um olhar que prenunciava a arte construtivista. Ao longo dos anos, expandiu seus interesses e temas. Suas séries sobre o Rio de Janeiro e a construção de Brasília, e suas incursões na Amazônia e no Nordeste, revelam uma abordagem mais humanista, alinhada ao fotojornalismo e à fotografia documental. Esse interesse culminou na Caravana Farkas, projeto cinematográfico documental das décadas de 1960 e 1970.
Além da carreira como fotógrafo e cineasta, entre 1960 e 1987 transformou a Fotoptica (loja de equipamentos fotográficos fundada em 1920 por seu pai e seu tio) em referência para várias gerações de fotógrafos. Criou a revista Novidades Fotoptica e fundou a Galeria Fotoptica, em parceria com Rosely Nakagawa, revolucionando a produção cultural no país.
Thomaz Farkas, todomundo, com curadoria de Juliano Gomes, Rosely Nakagawa e Sergio Burgi, assistidos por Alessandra Coutinho, celebra o centenário de nascimento deste expoente da fotografia e do cinema no Brasil. Com uma abordagem que sintetiza o caráter inclusivo e colaborativo de sua obra, a exposição que abre ao público no IMS Paulista em 19 de outubro explora três eixos principais: fotografia, cinema e Fotoptica.
É uma oportunidade de revisitar a obra de um artista que, ao longo de cinco décadas, capturou as transformações do Brasil ao longo do século XX não apenas com riqueza técnica, mas também com muita sensibilidade no registro da condição humana.