Aline Motta

Combinando fotografia, vídeo e instalação, seus trabalhos partem de temas como ancestralidade e memórias familiares para discutir a violência de um passado colonial e patriarcal brasileiro ainda presente. Utiliza como processo pesquisas em arquivos públicos e privados, entrevistas e ficcionalização de narrativas. Para o projeto Jogo da Memória, ainda em desenvolvimento e premiado com a Bolsa de Fotografia ZUM 2018, cria um relato literário inspirado em parte dessas histórias para, em seguida, apresentar um ensaio fotográfico sobre os temas tratados. Em Filha natural (2018-2019), investiga a história de sua tataravó, escravizada em uma fazenda cafeeira, misturando episódios biográficos com uma narrativa coletiva e criando uma iconografia da escravidão.

É bacharel em comunicação social pela UFRJ e pós-graduada em Cinema pela The New School University (NY). Foi contemplada com o Programa Rumos Itaú Cultural 2015/2016, com a Bolsa ZUM de Fotografia do Instituto Moreira Salles 2018 e com 7º Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça 2019. Participou de exposições como Histórias Feministas, artistas depois de 2000 – MASP, Histórias Afro-Atlânticas - MASP/Tomie Ohtake e Aline Motta: memória, viagem e água no MAR/Museu de Arte do Rio 2020.