O acervo do músico Antonio D’Auria, líder do Conjunto Atlântico e referência do choro paulista entre os anos 1950 e 1980, foi adquirido pelo Instituto Moreira Salles de seu neto, Altair D’Auria Miranda, em agosto de 2001. Nas nove caixas recebidas destaca-se – entre centenas de discos, fotografias, partituras e recortes de jornais e revistas – um grande número de fitas de rolo com as gravações das rodas de choro que D’Auria realizava no estúdio improvisado na garagem de sua casa, no bairro de Casa Verde, às quais compareciam músicos de todo o Brasil.
Mergulhado no universo do choro paulista desde a infância, quando acompanhava as rodas de música que costumavam ocorrer no armazém de seu pai, no bairro do Bom Retiro, D’Auria dedicou-se ao violão de sete cordas e à promoção do gênero: as reuniões em sua casa começaram a ocorrer nos anos 1950. Desses encontros, nasceu o Conjunto Atlântico (nome inspirado no tango brasileiro Atlântico, de Ernesto Nazareth), que teve diversas formações. Pelo grupo passaram, além dele próprio, figuras importantes da cena musical de São Paulo, como os violonistas João da Mata e Juracy Wei (Barão), o cavaquista Jayme Soares (que também tocava bandolim e violão tenor), os bandolinistas Amador Pinho, Agostinho Garcia, Walter Veloso e Izaías Bueno de Almeida e o pandeirista Oswaldo Bitelli. A primeira apresentação do Atlântico deu-se num festival de violões na igreja Nª. Sra. da Anunciação, em 18 de setembro de 1952. Foi o primeiro cachê que D’Auria recebeu na vida.
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