Tuca Vieira (São Paulo-SP, 1974) atua como fotógrafo desde 1991, desenvolvendo projetos que tratam da escala de grandes cidades e da dificuldade em dimensioná-las. É autor da premiada fotografia Paraisópolis (2004), imagem aérea mostrando a divisão entre a favela paulistana e um prédio de luxo no Morumbi, publicada na terceira edição da revista ZUM. Entre seus projetos mais conhecidos está Atlas Fotográfico da cidade de São Paulo (2016), em que se baseou em um guia de ruas da cidade e produziu uma foto para cada página dupla da publicação – um total de 203 imagens feitas com uma câmera de grande formato ao longo de dois anos.

É Doutorando em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo e pela Sociologia e Antropologia Política pela Universidade de Lyon-Saint-Étienne, mestre em História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo na FAUUSP e graduado em letras-alemão pela FFLCH-USP. Tem obras em coleções como Pirelli/MASP, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Kiyosato Museum of Photographic Arts, e é autor dos livros Salto no Escuro – leituras do espaço contemporâneo (Hedra/N-1, 2021) e Atlas Fotográfico da cidade de São Paulo (Museu da cidade, 2020).

Em 2013,  uma parceria entre o Instituto Moreira Salles e a  X Bienal de Arquitetura de São Paulo levou Tuca Vieira a uma expedição fotográfica pelo novo Brasil urbano, traçando um retrato do crescimento econômico do país nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, modificadas por obras como a da transposição do rio São Francisco, do Porto de Suape e da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. O projeto  Brasil: o espetáculo do crescimento foi exibido no Centro Cultural São Paulo naquele mesmo ano, como parte da programação da Bienal,  e integra desde então a Coleção de Arte Contemporânea do IMS, tendo sido um dos primeiros comissionamentos de obras do Instituto Moreira Salles.