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Fotografia e violência política no Brasil 1889-1964

Textos da exposição

Apresentação


1893-1895 Revolução Federalista

Desde a proclamação da República, três grupos políticos disputaram o controle do Rio Grande do Sul: castilhistas (“pica-paus”), partidários do então presidente do estado Júlio de Castilhos, defendiam o regime presidencialista forte e intervencionista; dissidentes republicanos anticastilhistas; e um terceiro grupo que defendia o modelo político do Império (instituições liberais e parlamentarismo), também chamados gasparistas (“maragatos”), partidários do político Gaspar Silveira Martins.

A recondução de Castilhos à presidência do estado em 1893 desagradou gasparistas e republicanos dissidentes, que alegaram fraude nas eleições e exigiram sua saída. O confronto armado entre castilhistas, de um lado, e dissidentes e gasparistas, de outro, se generalizou em 1893, avançando para Santa Catarina e Paraná. O conflito opôs partidários e forças contrárias a Floriano Peixoto, que apoiava Castilhos. A guerra difundiu a técnica da degola, com cerca de 10 mil mortos, ao menos mil decapitados, e o uso do registro fotográfico. As partes em luta contratavam estúdios fotográficos para retratar líderes, tropas, acampamentos e vitórias

1893-1894 Revolta da Armada

Com o levante em andamento no Rio Grande do Sul, abriu-se nova frente de batalha no Rio de Janeiro. Em setembro de 1893, o almirante Custódio José Mello, ministro da Marinha e da Guerra, sublevou a Marinha, bombardeando fortalezas no litoral fluminense em uma tentativa de derrubar Floriano Peixoto. O conflito interrompeu o cotidiano na capital federal, resultou na morte de civis, inclusive crianças, provocou a transferência da capital para Petrópolis e o estado de sítio. Antiflorianistas cariocas e gaúchos se uniram e buscaram ajuda em Portugal e em países vizinhos para depor o presidente. Mas Floriano venceu a guerra graças ao apoio dos republicanos paulistas e à ajuda militar norte-americana.

Com o término do conflito, Juan Gutierrez e Marc Ferrez foram comissionados pelo governo federal para fotografar grupos de militares em meio aos escombros nos locais que haviam sido palco da disputa.

1896-1897 Guerra de Canudos

Em paralelo à guerra civil que se desenrolava no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, em 1893, o líder religioso Antônio Vicente Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro, e seus seguidores se fixaram em Canudos, no interior da Bahia. Conselheiro atraiu para a vila de Belo Monte, onde chegaram a viver 30 mil pessoas, marginalizados sociais de todo tipo. O grupo resistiu à coleta de impostos, à secularização do Estado e ao regime republicano. O monge fazia prédicas em favor do retorno da monarquia e do ordenamento católico da vida social. Embora sem vínculos explícitos com o antiflorianismo nacional encabeçado por elites sociais, os jornais republicanos associaram o movimento de Canudos ao Partido Monarquista. Ao fim da Revolta da Armada, o governo federal enviou tropas do exército para desmantelar o povoado, que resistiu à mão armada. Foram necessárias quatro expedições militares para derrotar Antônio Conselheiro. Em outubro de 1897, acabava a guerra, com a morte de Conselheiro e de cerca de 20 mil sertanejos.

Em setembro de 1897, o fotógrafo Flávio de Barros participou do conflito como soldado da Divisão Auxiliar da Quarta Expedição, tendo a função de retratar oficiais, tropas, prisioneiros e a vila incendiada.


1910 Revolta Naval (Chibata)

Em 1910, nova rebelião se iniciou em navios ancorados em águas fluminenses. O estopim foi a punição física por meio de açoitamentos a marinheiros de baixa patente, a maioria negros, por oficiais brancos, o que remetia ao regime escravista. Na noite de 21 para 22 de novembro, os rebelados tomaram o navio de guerra Minas Gerais e atiraram, tendo Niterói como alvo. Seis oficiais foram mortos. Outros quatro navios se insubordinaram na sequência.

O líder do movimento, o marinheiro João Cândido Felisberto, apelidado pela imprensa de “Almirante Negro”, negociou os termos da rendição: a entrega dos navios em Copacabana mediante a extinção da punição a chibatadas. Contudo, os revoltosos foram em seguida expulsos da Marinha e 600 deles confinados em prisão insalubre na ilha das Cobras, o levou a maioria à morte. De 600 revoltosos, pouco mais de 100 sobreviveram, entre os quais João Cândido.

1912-1916 Guerra do Contestado

Conflito armado que opôs forças dos governos estadual e federal à população sertaneja que vivia na zona de Curitibanos, disputada por Santa Catarina e Paraná. Como em Canudos, a guerra teve dimensões religiosas. Ao longo de cinco anos, o conflito foi conduzido por diversos líderes, que recebiam instruções do “Monge João Maria”, o maior mito espiritual da região, por meio de sonhos. As mensagens chegavam também por intermédio de crianças e mulheres que estariam em contato espiritual com o monge.

O conflito girou em torno da posse da terra. O governo concedeu grande área para a Southern Brazil Lumber & Colonisation instalar uma madeireira, gerando o deslocamento massivo de posseiros. Os expulsos se estabeleceram nas cercanias, com lideranças próprias, à margem das leis da República. Após anos de resistência, em setembro de 1914, o Estado nacional organizou uma grande expedição repressora, que dizimou os rebeldes. Estima-se que o conflito tenha causado mais de 10 mil mortes.

Revolução Gaúcha de 1923

A resistência ao castilhismo prosseguiu no Rio Grande do Sul depois da Revolta Federalista e culminou em novo conflito em 1923. A razão era a reeleição sistemática de Antônio Augusto Borges de Medeiros, herdeiro político de Júlio de Castilho, à presidência do Rio Grande do Sul. Ao contrário de Floriano Peixoto, o presidente Artur Bernardes não interveio no conflito armado. Após dez meses de luta, o governo federal negociou o armistício, conhecido como Pacto de Pedras Altas. Borges de Medeiros permaneceu no cargo, mas a constituição gaúcha passou a proibir a reeleição dos presidentes de estado. Os rebeldes foram anistiados, e a oposição, liderada por Assis Brasil, saiu fortalecida. Apesar disso, parte dos rebelados ficou insatisfeita e permaneceu conspirando.

Revolução de 1924

Em 5 de julho de 1924, dois anos depois da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, teve início nova rebelião em São Paulo (que ficaria conhecida como revolta tenentista), com o objetivo de depor o presidente Artur Bernardes e denunciar a “corrupção” que dominava a política republicana. Cerca de sete mil revoltosos, entre os quais o major Miguel Costa, ocuparam a capital e forçaram a fuga do presidente do estado, instalando um governo provisório. Tropas legalistas, com 18 mil homens, responderam duramente à insurreição, realizando até mesmo bombardeios aéreos, que atingiram quartéis, fábricas, igrejas e residências. Houve pânico, incêndios e saques. No dia 28, os rebeldes tiveram que abandonar São Paulo, iniciando marcha pelo interior do estado em direção a Foz do Iguaçu, no Paraná. Ali se uniriam a tropas sublevadas do Rio Grande do Sul, que, perseguidas por forças legalistas, se dirigiam para o mesmo local.

Os danos à cidade foram intensamente fotografados pelos estúdios locais. As imagens eram colecionadas em álbuns, publicadas nas revistas ilustradas e circulavam em cartões-postais.

1925-1927 Coluna Miguel Costa-Prestes

O encontro em Foz do Iguaçu da ala paulista dos revoltosos de 1924, sob o comando do major Miguel Costa, e da ala gaúcha, liderada pelo capitão Luís Carlos Prestes, deu origem à Coluna Miguel Costa-Prestes. A Coluna visava prolongar a oposição armada a Bernardes e propagar a crítica à política da Primeira República pelo território nacional. Por quase dois anos, os revolucionários marcharam 25 mil quilômetros, passando por 12 estados, provocando medo e admiração. Tiveram dificuldades para sobreviver e entraram em confrontos sucessivos com tropas legalistas, que resultaram em grande número de mortos e feridos, dos dois lados. Finalmente, em fevereiro de 1927, Prestes decidiu cessar a luta, entrando em território da Bolívia.


Revolução de 1930

As eleições presidenciais de 1930 reacenderam os conflitos entre elites civis, quando o presidente Washington Luís, de São Paulo, apoiou o também paulista Júlio Prestes para sucedê-lo. Formou-se, em julho de 1929, uma coalizão política de oposição, a Aliança Liberal, que lançou como candidato o presidente do Rio Grande do Sul, Getúlio Vargas, ligado a Borges de Medeiros. A Aliança Liberal tinha o apoio dos políticos de Minas Gerais e da Paraíba, pois o candidato à vice-presidente era João Pessoa. Contudo, Júlio Prestes foi eleito. Essa oposição civil uniu-se a lideranças militares que vinham se rebelando durante a década de 1920, passando a conspirar para a tomada do poder. Em 3 de outubro, a revolução teve início em várias partes do país. Em 11 de outubro, Vargas iniciou marcha em direção à capital da República, colhendo vitórias, que também ocorriam em Minas e no Nordeste. Diante disso, no Rio de Janeiro, uma Junta Militar depôs Washington Luís, assumiu o governo e empossou Vargas, em 3 de novembro, como chefe do Governo Provisório da República.

A iconografia da Revolução de 1930 é dispersa e diversificada. Aqui, foram reunidas fotos de amadores, de profissionais que as comercializaram em álbuns e por meio de cartões-postais, e de fotojornalistas que registraram a movimentação popular para as publicações ilustradas.

Guerra Civil de 1932

Em 9 de julho de 1932, a Frente Única Paulista, que unia partidos locais antes em disputa e militares, reagiu belicamente ao Governo Provisório de Vargas, iniciando uma guerra civil.

A sociedade paulista se mobilizou em apoio aos rebeldes, com ampla participação de empresários do comércio e da indústria, de estudantes, profissionais liberais e mulheres. Houve um grande esforço de propaganda, campanhas para recrutamento de voluntários e produção local de armamentos. Os combates foram intensos (também com bombardeios aéreos) em São Paulo, se alastraram para Minas Gerais e Rio de Janeiro, e houve mobilização de tropas em outros estados da federação, em especial do Norte e Nordeste, para combater os revoltosos. A guerra civil teve, pois, alcance nacional e perdurou por três meses, com a vitória do governo federal. Vargas cassou direitos políticos e deportou lideranças rebeldes, mas fez acordo político com São Paulo, aceitando que o civil paulista Armando de Salles Oliveira se tornasse o novo governante do estado.

Os registros fotográficos da “guerra paulista” se confundem com campanhas publicitárias de mobilização da sociedade civil e com o fotojornalismo engajado dos jornais paulistas. Retratos de estúdio e soldados em poses heroicas contrastam com imagens de vítimas e da destruição.

c. 1920-1938 Banditismo social cangaceiro

Enquanto ocorriam revoltas armadas e fortalecia-se a oposição de setores das elites políticas à Primeira República, novas formas de resistência social se formavam no interior do país. Sob a liderança de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, formou-se um movimento social armado, que operava atividades ilegais violentas, como saques, estupros, sequestros e assassinatos. Ao mesmo tempo que afrontavam as instituições, os alcunhados como “cangaceiros” (aqueles que carregam cangas como os animais) distribuíam produtos de suas investidas entre comunidades pobres do sertão. Daí sua representação ambígua como heróis populares, que aterrorizavam e provocavam respeito e admiração. O bando de Lampião era nômade, o que dificultou a repressão e levou à tentativa malsucedida de usá-lo para barrar a Coluna Prestes. O governo Vargas, governos estaduais e lideranças locais o combatiam. Em 1938, Lampião e seus seguidores foram vencidos e decapitados por tropas oficiais, e suas cabeças, expostas à visitação pública.

Em 1936, o fotógrafo Benjamin Abrahão passou cinco meses no sertão, registrando o cotidiano dos cangaceiros. Ciente do poder da mídia, Lampião utilizou a fotografia na construção de sua imagem pública de homem poderoso e temido. No ano seguinte, a imprensa nordestina publicou vários desses registros.

1935 Insurreição Comunista

Luiz Carlos Prestes, já filiado ao Partido Comunista, voltou à cena política em 1935, quando foi conduzido à presidência de honra da Aliança Nacional Libertadora. A ANL era uma organização de massa que reunia oposicionistas liberais, católicos e socialistas e não se definia como comunista. O plano de Prestes e do Partido era realizar levantes militares em vários estados para depor Vargas. Mas a insurreição se consumou apenas em três capitais estaduais – Natal, Recife e Rio de Janeiro –, em novembro, sendo combatida e derrotada. O governo declarou a ANL ilegal, reprimiu violentamente os rebeldes, em especial os comunistas, e decretou o estado de sítio. O Congresso Nacional apoiou Vargas, aprovando medidas de centralização do poder no Executivo, que culminariam na instituição de um regime ditatorial em novembro de 1937, chamado de Estado Novo.


1954 Motins pós-suicídio de Vargas

Encurralado por denúncias de corrupção em seu governo e campanha de imprensa por sua destituição da presidência, encabeçada pelo jornalista Carlos Lacerda, Getúlio Vargas praticou seu último ato político na manhã de 24 de agosto de 1954: o suicídio. Em reação à notícia, multidões saíram às ruas nas grandes cidades brasileiras, produzindo incêndios e depredações de redações de jornais, estúdios de rádio e sedes de partidos políticos de oposição ao presidente, de empresas multinacionais e dos consulados norte-americanos. No Rio de Janeiro e em Porto Alegre, os motins duraram entre 12 e 48 horas. No dia 25, milhares de pessoas acompanharam o cortejo fúnebre pelas ruas do Rio de Janeiro até o aeroporto Santos Dumont. Em São Borja, no Rio Grande do Sul, onde seria o enterro de Vargas, repetiram-se confrontos violentos entre manifestantes e polícia.

1956 Revolta de Jacareacanga

Dois anos depois do suicídio de Vargas, um complô visando a derrubar o presidente Juscelino Kubitschek se iniciou em 11 de fevereiro de 1956. Dois oficiais da Aeronáutica sequestraram um avião carregado de munição na base aérea dos Afonsos, no Rio de Janeiro, e o levaram, com reféns, para Jacareacanga, no Pará. Lá organizaram um batalhão com índios Munduruku e obstruíram a pista de pouso. A revolta durou 20 dias e terminou com a repressão do governo e a fuga dos líderes.

1957 Levante dos Colonos

Em 1957, um conflito em torno da posse de terras, similar ao do Contestado, surgiu no sudoeste do Paraná, quando o governo estadual concedeu a três empresas privadas de colonização grandes lotes de terra, desalojando cerca de 15 mil famílias de posseiros. Em setembro, 2 mil posseiros marcharam até Capanema, expulsaram os funcionários das empresas e prenderam seus jagunços. Em 9 de outubro, tomaram Pato Branco, bloquearam as vias de acesso à cidade e ocuparam prédios públicos. Em Francisco Beltrão, invadiram os escritórios de duas empresas colonizadoras, rasgaram e queimaram toda a documentação relativa aos lotes de terra em questão. Em 12 de outubro, a cena se repetiu em Apucarana. O levante acabou com o atendimento das demandas pelo governador, que prendeu jagunços, fechou os escritórios das companhias e entregou aos trabalhadores rurais a escritura definitiva dos lotes.

O jornalista Mário de Moraes fez as fotos e o texto de uma matéria especial sobre o conflito para a revista O Cruzeiro.

1959 Insurreição de Aragarças

Em dezembro de 1959, quando se lançavam candidaturas para as eleições presidenciais do ano seguinte, ocorreu nova tentativa de depor o presidente Juscelino Kubitschek, encabeçada por membros da Aeronáutica. Um major e um engenheiro sequestraram e desviaram um voo comercial com 38 passageiros para o aeroporto de Aragarças, em Goiás. Em ação coordenada, o tenente-aviador João Paulo Moreira Burnier, líder do levante, acompanhado por dez militares, roubou três aviões no Galeão, enquanto cinco oficiais tomavam outro avião em Belo Horizonte e rumavam também para Aragarças. O objetivo era forçar JK a decretar estado de sítio e cancelar a eleição. A insurreição durou 36 horas e, sem apoio no conjunto das forças armadas, foi controlada.

O fotojornalista Campanella Neto estava no voo sequestrado e registrou com exclusividade a chegada de aviões e paraquedistas do governo a Aragarças. Recebeu voto de louvor no Prêmio Esso de Jornalismo de 1959 pela cobertura.

1961 Campanha da Legalidade

Em 1960, Jânio Quadros foi eleito presidente da República e o getulista João Goulart, vice. Os políticos tinham postulado candidaturas autônomas e pertenciam a partidos distintos.

Em agosto de 1961, Jânio Quadros renunciou, quando o vice estava em visita oficial à China. Os ministros militares tentaram impedir a posse de João Goulart, visto como alinhado aos sindicatos, ameaçando prendê-lo se desembarcasse no Brasil. Começaram então manifestações em favor da posse do vice. Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul, liderou a Campanha da Legalidade, pelo cumprimento da Constituição, que divulgou pelo país por meio da Rádio da Legalidade. Transformou o palácio Piratini em base da resistência, reuniu 40 mil soldados, a Guarda de Choque, 13 mil brigadianos e cerca de 30 mil voluntários, armandos-os com metralhadoras. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a União Brasileira dos Estudantes (UNE) e o governador de Goiás aderiram, assim como os sindicatos, que organizaram greves e manifestações em todo o país.

Ante a ameaça de guerra civil, negociou-se uma saída para a crise: Jango foi empossado, mas mediante a redução dos poderes da presidência pela conversão do sistema presidencialista em parlamentarismo, mudança a ser ratificada em plebiscito.

1964 Golpe de Estado

Em reação à limitação de seus poderes, Goulart, com apoio de setores de esquerda e de parte das Forças Armadas, antecipou o plebiscito sobre o regime de governo previsto para o final de seu mandato. Em janeiro de 1963, o presidencialismo venceu com 80% dos votos, legitimando nas urnas o governo Goulart, que tentava aprovar reformas de base, entre elas uma reforma agrária. Este programa gerou amplo debate e forte polarização política, ao longo de 1963 e no início de 1964, culminando em grandes manifestações coletivas contra e a favor das reformas. Na madrugada de 31 de março, um golpe civil-militar derrubou o governo. Foi desencadeado em Juiz de Fora, com deslocamento de tropas rumo à capital para depor o presidente. Na madrugada de 2 de abril, o presidente do Senado convocou sessão conjunta secreta do Congresso Nacional e declarou vaga a Presidência da República. Jango reuniu-se, no Rio Grande do Sul, com Brizola, que tencionava organizar resistência armada. O golpe, contudo, tinha apoio de grande parte da imprensa, de lideranças políticas e empresários contrários às reformas de base. Julgando que uma nova Campanha da Legalidade conduziria à guerra civil, Jango se autoexilou no Uruguai. A ditadura civil-militar comandaria o país nas próximas duas décadas.

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