“Não acredito em fronteiras. Acredito na terra.”
Joaquín

O Brasil da primeira metade do século 20 recebeu artistas e intelectuais refugiados que colaboraram de muitas formas para a cultura do país, como os fotógrafos Peter Scheier e Claudia Andujar, e os escritores Paulo Rónai e as irmãs Elisa e Clarice Lispector, cujos acervos estão sob a guarda do Instituto Moreira Salles.

Atualmente o país tem 143.033 pessoas reconhecidas como refugiadas, além de grupos de migrantes e deslocados.

Mas estamos falando de gente – não de números. E qual é o papel de uma instituição cultural na acolhida de pessoas refugiadas? Quem são as pessoas migrantes e refugiadas na cidade? Quais são suas memórias?

Refletindo sobre o espaço das pessoas em situação de refúgio em intersecção com literatura e artes, o IMS avança no seu compromisso crítico com o início de uma parceria com a organização LGBT+Movimento.

Iniciada em junho, mês de comemoração do Dia Mundial da Pessoa Refugiada, as instituições se juntaram com uma equipe de 11 profissionais migrantes para criar a série de depoimentos “Memorias Transfronterizas”.

MAIS

Clarice Lispector no Acervo IMS

Claudia Andujar no Acervo IMS

Elisa Lispector no Acervo IMS

Peter Scheier no Acervo IMS

A partir do registro oral de pessoas LGBTTQIA+ oriundas de países da América Latina, foram gravados 8 episódios em que podemos nos aproximar do lugar das memórias alegres, prazerosas e rebeldes para realçar a coragem que é migrar e cruzar as fronteiras impostas pelo colonialismo.

A aproximação com as histórias de mobilidade de pessoas da dissidência sexual é uma forma de oferecer mais que o ponto de vista tão comum da exclusão e da discriminação. É criar sensibilidades para entrar em contato com cada história de vida, com um olhar voltado para a realidade latino-americana. Nesses minutos estão as experiências, reivindicações, sonhos e saudades de um professor de idiomas, artista plástico, poeta, enfermeira, dentre outros profissionais.

Convidamos todas as pessoas para acompanharem com curiosidade e descobrirem em profundidade as memórias transfronteiriças de Argenis, Charlin, Francis, Gabriela, Johann, Joaquin, Jorge e Sandra.

Memorias Transfronterizas é um termo que faz referência aos estudos de Glória Anzaldúa, escritora lésbica e chicana que questiona como as normativas que produzem a ideia da fronteira se relacionam às normativas em torno de gênero e sexualidade.

A LGBT+Movimento é uma organização comunitária, baseada no Rio de Janeiro, formada por pessoas migrantes e brasileiras LGBTTQIA+ que apoia pessoas migrantes e refugiadas LGBTTQIA+ em situação de vulnerabilidade no Brasil. Nossa missão é escutar, acolher e construir ações que promovam as potencialidades, a integração e a autonomia das pessoas migrantes e refugiadas LGBTTQIA+. Além disso, nossos esforços também se concentram na incidência e na criação de estratégias para promoção e visibilidade deste tema na sociedade.

Instagram LGBT+Movimento | Site LGBT+Movimento

Pessoas entrevistadas
Argenis Ysail Mijares Ojeda
Charlin Blanco
Francis Lombardi
Gabriela Garcia
Joaquin Adolfo Chaves
Johann Matthias Brenner
Jorge Gabriel Lombardo
Sandra Cardozo

Música
Laura Velo

Equipe LGBT+Movimento
Fran Areie Latorre
Laura Velo
Lus de Marilac
Marina Afonso Siqueira
Natalia González
Nathália Antonucci
Rica Prata

Equipe IMS
Rachel Valença
Elizama Almeida
Jane Leite
Maria Moretto

Equipe de Filmagem - Animus
Bléia Campos
Daniel de Carvalho
Gabriel Brasil
Gabriel de Carvalho