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Cadernos de

Marc Ferrez

Catálogo das vistas, E. de Ferro, Marinha

Coleção Gilberto Ferrez
Acervo do Instituto Moreira Salles

 

O Catalogue de Vistas, E. de Ferro, Marinha apresenta um trabalho minucioso de organização e inventário dos negativos e diapositivos para projeção em lanterna, de autoria de Marc Ferrez. Os registros se referem, sobretudo, aos grandes trabalhos comissionados, como as ferrovias, as obras de abastecimento de água e o álbum da Avenida Central. É provável que as anotações tenham sido realizadas ao longo de vários anos, iniciando provavelmente no fim dos anos 1890 até 1910.

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Marc Ferrez. Catálogo das Vistas, E. de Ferro, Marinha

Código de Referência do Instituto Moreira Salles: 007CAD02

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Marc Ferrez. Catálogo das Vistas, E. de Ferro, Marinha

Código de Referência do Instituto Moreira Salles: 007CAD02

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Marc Ferrez. Catálogo das vistas Estradas de Ferro, Marinha

Imagens

Em 1870, recém-iniciado na fotografia, Marc Ferrez já carimbava nos versos de seus cartões o título de “Fotógrafo da Marinha Imperial”. Após a proclamação da República ele continuou vinculado à Marinha, fotografando, até o início do século XX, navios oficiais brasileiros e frotas estrangeiras aqui ancoradas. Nas páginas de seu Catálogo inventariou boa parte dos negativos dos navios retratados.

Cruzador República. Baía de Guanabara, Rio de Janeiro, [1894]. Foto de Marc Ferrez. Coleção Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles.
Encouraçado Aquidabã. Baía de Guanabara, Rio de Janeiro, [1885]. Foto de Marc Ferrez. Coleção Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles.
Cruzador Almirante Barroso. Baía de Guanabara, Rio de Janeiro, [1896]. Foto Marc Ferrez. Coleção Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles.
Cruzador Almirante Barroso. Baía de Guanabara, Rio de Janeiro, [1896]. Negativa da foto de Marc Ferrez. Coleção Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles.

Outra relação comercial duradoura de Marc Ferrez foi com a Estrada de Ferro Central do Brasil, iniciada durante a gestão do engenheiro Francisco Pereira Passos, com um contrato em 1880, quando a empresa ainda era denominada de Dom Pedro II. A relação se estendeu até 1908, quando o fotógrafo produziu registros para a comemoração dos 50 anos da ferrovia.

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Além das belas paisagens, Marc Ferrez é conhecido por seus registros das reformas urbanas do Rio de Janeiro, nas últimas décadas do século XIX e início do XX. Dessa documentação fazem parte vários conjuntos fotográficos das obras para melhoria do abastecimento de água, historicamente, um dos maiores problemas da cidade.

Obras do abastecimento de água do reservatório D. Pedro II. Rio de Janeiro, 1879. Foto de Marc Ferrez. Coleção Jennings Hoffenberg / Acervo IMS
Obras do novo abastecimento de água. Catálogo das vistas, E. de Ferro, Marinha, p. 38-39. Marc Ferrez. Coleção Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles.
Vues de Rio 18 x 24. Catálogo das vistas, E. de Ferro, Marinha, p. 72 e 73. Marc Ferrez. Coleção Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles.
Estátua do general Osório. Álbum Ordem e progresso: festas republicanas. Rio de Janeiro, novembro de 1894. Foto de Marc Ferrez. Arquivo Nacional, Fundo Floriano Peixoto.
Caixa da Boa Esperança. Obras de canalização provisória do rio São Pedro realizadas pelo engenheiro Francisco de Paula Bicalho, Rio de Janeiro, s.d. Fotos de Marc Ferrez. Arquivo Nacional, Fundo Família Bicalho.
Escola Militar. Álbum Ordem e progresso: festas republicanas. Rio de Janeiro, novembro de 1894. Foto de Marc Ferrez. Arquivo Nacional, Fundo Floriano Peixoto.
Botafogo, Rio de Janeiro, 1894. Álbum Ordem e progresso: festas republicanas. Foto Marc Ferrez. Arquivo Nacional, Fundo Floriano Peixoto.

O ‘caderno-caleidoscópio’ do fotógrafo Marc Ferrez
Maria Inez Turazzi

 

“Extinto o incêndio, surgiam as versões”, observou Machado de Assis, em 1864, ao comentar a destruição causada pelo “monstro devorador” em um armazém no centro do Rio de Janeiro1. Em todo o mundo, as memórias da atividade fotográfica já foram bastante castigadas por fatalidades do gênero, desde os primórdios da invenção. A começar pelas anotações e experimentos de um dos criadores da daguerreotipia, o primeiro processo de obtenção de imagens por meios fotoquímicos comercializado em escala mundial. Louis-Jacques Mandé Daguerre quase teve seus daguerreótipos devorados pelas chamas enquanto recebia a visita de Samuel Morse, em Paris. O cientista norte-americano deixou uma versão desse célebre acontecimento na história da fotografia, ocorrido pouco antes que os segredos da invenção fossem revelados ao mundo, em 19 de agosto de 1839:

O grande edifício do Diorama, com sua própria residência e todas as suas belas obras, valiosas notas e papéis, além do trabalho de anos de experimentos, estavam se tornando, naquele momento, sem ele saber, vítimas das chamas. O segredo ainda está seguro com ele, mas as etapas de seu progresso nessa descoberta e as suas valiosas pesquisas se perderam para o mundo científico2.

Os estragos causados por um terrível incêndio também destruíram anotações e experimentos de Marc Ferrez. Compartilho aqui a versão de que essa fatalidade, longe de ter levado o fotógrafo a abandonar seus negócios e a desistir do próprio impulso criativo, o que seria ainda mais lastimável, parece tê-lo impelido a registrar e a organizar, por toda a vida, as informações, atividades e bens relacionados ao seu universo profissional. Esse trabalho sistemático de construção de memórias acabaria envolvendo gerações da família Ferrez, ciosas do legado artístico e documental iniciado com a chegada dos gravadores franceses Zéphirin (pai) e Marc (tio), ao Rio de Janeiro, em 1817. O que antes dependia dos cuidados do fotógrafo para ser preservado e difundido, foi posteriormente assumido por seus descendentes e, hoje, encontra-se sob a responsabilidade de instituições de memória, públicas e privadas.

Marc Ferrez era um jovem fotógrafo, recém-casado com Marie Caroline Lefebvre, quando viu as chamas consumirem o imóvel que abrigava sua residência e a Casa Marc Ferrez, o estabelecimento comercial aberto, por sua conta e risco, em 1867. O fogo teve início às dez horas da noite, no dia 18 de novembro de 1873, na parte da frente da casa, situada à rua São José, 96. O endereço, no centro do Rio de Janeiro, era um daqueles prédios compartilhados, onde Marc Ferrez e um livreiro chamado Maciel viviam e tocavam seus respectivos negócios. As chamas teriam começado junto aos livros, espalhando-se, rapidamente, pelos frascos e preparados químicos da oficina do fotógrafo, situada nos fundos da construção, antes de se alastrarem pelas edificações vizinhas. O prejuízo foi grande: os prédios de número 96 e 98 ficaram completamente destruídos e os de número 94 e 100, bastante danificados. O fogo, fácil concluir, também foi implacável com os equipamentos e outros materiais fotográficos essenciais ao trabalho e à sobrevivência do casal Ferrez, àquela altura ainda sem filhos.

A Gazetilha, como de praxe, noticiou o incêndio, informando, ainda, que havia sido “muito sensível a falta d’água, tendo-se demorado o fornecimento por mais de uma hora”3. É verdade que governo imperial vinha tentando combater, ao menos por decreto, os prejuízos causados pelas chamas: em 1856, regulamentou-se o serviço de extinção de incêndios na Corte e, em 1860, foi criado o Corpo de Bombeiros do Império, responsável também por contabilizar as ocorrências. A crônica deficiência no abastecimento de água da capital, no entanto, continuaria a comprometer por muitos anos a eficácia de tais iniciativas. Sem água para abater o “monstro devorador”, pouco adiantou o socorro prestado por bombeiros e populares, e muito menos a presença do ministro da Guerra e do inspetor de polícia da capital. Os negativos de vidro com as imagens que Ferrez havia realizado em seus primeiros anos de atividade profissional desapareceram para sempre. Uma perda quase fatal, à exceção das poucas tiragens em papel fotográfico já comercializadas ou colocadas à venda em outros estabelecimentos da cidade e, portanto, salvas da destruição. Algumas dessas fotografias seriam, posteriormente, garimpadas pelo neto e colecionador Gilberto Ferrez.

Poucos meses depois do incêndio, ajudado pelo amigo Jules Claude Chaigneau, Ferrez viajou para a Europa, onde adquiriu equipamentos, materiais fotográficos e conhecimentos técnicos que estão, direta ou indiretamente, referidos em todos os seus cadernos de anotações dos anos seguintes. Em 1881, o acervo de imagens da Casa Marc Ferrez, novamente em plena atividade, já era “superior a 1.500 clichés” (negativos de diferentes tamanhos), segundo informações oferecidas pelo catálogo Exposições de paisagens photographicas productos do artista brasileiro Marc Ferrez, photographo da Marinha Imperial e da Comissão Geologica. Dez anos depois, o fotógrafo inaugurou uma sociedade comercial com o livreiro e editor Jean Baptiste Lombaerts. Os dois chegaram a cogitar a fusão das duas firmas, sendo ambas bastante conceituadas no próspero “mercado de estampas” que se desenvolvia no Brasil, como de resto em todo o mundo. A ideia não se concretizou, mas os dois empresários promoveram a impressão, em fototipia, do jornal de modas A Estação, além de vários álbuns e postais para uma vasta clientela, ávida por novidades. As parcerias do gênero, como as adversidades da vida, também foram responsáveis por incentivar a organização e o inventário dos bens incorporados aos negócios e projetos do fotógrafo, em larga medida relacionados em seus cadernos de anotações.

 

Capa. Catálogo das Vistas, E. de Ferro, Marinha. Marc Ferrez, Coleção Gilberto Ferrez/ Acervo IMS

 

O volume de capa marrom, medindo 22,8 x 17,6 cm, com 190 páginas, cujo título apresenta os dizeres, em francês e português, Catalogue de Vistas, E. de Ferro, Marinha, integra um conjunto de cadernos especificamente criados para ordenar e descrever os negativos da Casa Marc Ferrez. Datar, transcrever e identificar as grafias, os sinais e outros elementos desse documento, assim como a motivação e a historicidade de seu conteúdo, tão extenso e tão diverso, não são tarefas fáceis. No passado, as operações necessárias a um exame minucioso da materialidade desse tipo de fonte exigiriam do pesquisador lupas e microscópios para análises e confrontos de toda sorte. Hoje, com os cadernos digitalizados, transcritos e complementados por informações colocadas ao nosso alcance pelas equipes do Arquivo Nacional e Instituto Moreira Salles, essa experiência pode ser vivenciada com apenas alguns cliques, de forma dinâmica e interativa.

 

Carimbo da papelaria Carvalhães. Folha de rosto do Catálogo das Vistas, E, de Ferro, Marinha. Marc Ferrez. Coleção Gilberto Ferrez/ Acervo Instituto Moreira Salles.

 

Diversos detalhes do Catalogue de Vistas, E. de Ferro, Marinha indicam tratar-se de uma organização concebida naqueles anos de transição e mudança, entre fins do século XIX e início do XX. O carimbo da papelaria Carvalhaes, casa comercial que, em 1891, já se dedicava à edição e venda de livros e impressos, é bastante elucidativo: o estabelecimento, então localizado à rua dos Ourives, 55, forneceu à Casa Marc Ferrez, justamente, o caderno no qual foram arrolados os negativos com as imagens de ferrovias, obras públicas, instalações navais e diversas localidades fotografadas por Ferrez, por iniciativa própria ou através de comissionamentos de empresas e instituições4.

 

Estrada de Ferro Central do Brasil (ramal da Marítima), estação Marítima da Gamboa, km 1, Rio de Janeiro, [1903]. Foto de Marc Ferrez. Coleção Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles.

 

A primeira indicação desse extenso inventário diz respeito à Companhia Mogiana de Estradas de Ferro e Navegação, fundada em 1872, cujas imagens referem-se às obras de engenharia realizadas no traçado da ferrovia nos anos 1880. Os demais conjuntos de negativos listados pelo caderno oferecem informações de todo tipo sobre esses empreendimentos, como as imagens relacionadas à Estrada de Ferro Central do Brasil. A exemplo de outras empresas e instituições herdadas do Segundo Reinado, a antiga Estrada de Ferro Dom Pedro II teve seu nome trocado logo depois da Proclamação da República, em 1889. Mais adiante, um outro conjunto de negativos dessa ferrovia, precedido pela data 1905, aparece identificado como uma “coleção escolhida para a Exposição de Saint Louis” (Estados Unidos). Esses exemplos apenas evidenciam a importância e o simbolismo das imagens do fotógrafo para a visibilidade de tais empreendimentos e, por extensão, do próprio Estado brasileiro.

 

Relação dos negativos das construções do lado direito da Avenida. Central Catálogo das Vistas, E. de Ferro, Marinha, p. 138-139. Marc Ferrez, Coleção Gilberto Ferrez/ Acervo Instituto Moreira Salles.

 

Na mesma época, Ferrez iniciou o ambicioso projeto de publicação do Álbum da avenida Central (atual avenida Rio Branco), por encomenda da Comissão Construtora da Avenida Central, subordinada ao Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas. Impresso em zincografia e fotogravura, esse álbum monumental, fotografado e editado pela Casa Marc Ferrez, contém todas as plantas e fachadas dos edifícios projetados e daqueles já construídos na mais nova vitrine do país. A Avenida Central, provocando tantas desapropriações no coração da cidade, também levou o estabelecimento a se mudar da rua São José, 88, e voltar ao número 96, onde o fotógrafo havia iniciado suas atividades. Enveredando por outros negócios, Ferrez e filhos abririam na mesma avenida, em 1907, o Cine Pathé, então a segunda sala de cinema do Rio de Janeiro. Esses projetos e empreendimentos, por sua vez, inspiraram outras listagens e anotações, bem como novos cadernos...

O que se observa, portanto, nas páginas do Catalogue de Vistas, E. de Ferro, Marinha são elementos valiosos sobre a obra do fotógrafo e suas conexões com um universo bastante amplo de temáticas e questões. Essas informações se estendem até 1909, indicando um trabalho de organização e inventário dos clichés (negativos, em sua maioria, mas também diapositivos para as lanternas de projeção da época), já então aos cuidados da firma Marc Ferrez e Filhos. Esse arrolamento sistemático foi paulatinamente complementado por outros dados, como as medidas das placas de vidro e a numeração das caixas de folhas de flandres que acondicionavam os negativos. Observando-se que os títulos das primeiras referências desse caderno apresentam uma letra bastante desenhada e que certas informações complementares têm uma grafia distinta, é possível que parte das anotações tenha sido feita por algum funcionário da Casa Marc Ferrez ou outra pessoa.

Embora Ferrez fosse bastante metódico, é difícil imaginar que ele tenha encontrado tempo para se ocupar também, pessoalmente, de todas essas anotações. Afinal, esse incansável personagem dedicou-se a múltiplas atividades e projetos, percorrendo o país de norte a sul e todos os morros do Rio, sempre carregando mais de um equipamento e imensa tralha no lombo de burros, em pequenos troles ou instáveis embarcações. Nessas viagens e excursões, realizou os mais belos panoramas da cidade e boa parte dos comissionamentos indicados no caderno, inclusive como “fotógrafo da Marinha”. A grafia da maior parte das anotações do Catalogue de Vistas, E. de Ferro, Marinha corresponde, contudo, à letra do próprio Ferrez, descartando-se, nesse caso específico, a possibilidade de autoria dos filhos Júlio e Luciano. Mais tarde, ambos se ocupariam, de fato, das anotações existentes em outras listagens e documentos. De modo que o leitor tem à sua disposição, através desse caderno, um verdadeiro caleidoscópio das múltiplas atividades, percursos e imagens de um dos maiores nomes da fotografia mundial no século XIX.

 

Clube de Engenharia na Avenida Central, 1910 Foto de Marc Ferrez. Coleção Gilberto Ferrez/ Acervo Instituto Moreira Salles.

 

Instrumento ótico “para criar e exibir formas belas”, como definiu David Brewster, o caleidoscópio recebeu do físico inglês um nome de batismo que conjuga a beleza (kalos), a forma (eidos) e a observação expandida (scopio)5. Para Charles Baudelaire, ele representava a “multiplicidade da própria vida e a graça tremeluzente de todos os seus elementos”6. O caderno-caleidoscópio de Ferrez, como os instrumentos do gênero, é capaz de iluminar uma infinidade de informações existentes nas cartas, notas de trabalho, diários, recortes de jornais, certidões, escrituras, livros-caixa, balanços, diplomas, entre outros elementos de composição. E vice-versa. Com a digitalização deste e de outros cadernos, as referências textuais e visuais, materiais e simbólicas, temporais e espaciais da vida e da obra do fotógrafo podem ser dispostas em múltiplas combinações e arranjos. Afinal, a riqueza da documentação reunida por Ferrez é uma raridade no caso dos arquivos de fotógrafos, maior ainda entre aqueles que atuaram no Rio de Janeiro, nos séculos XIX e XX. A movimentação desse caleidoscópio, conduzida pelo próprio leitor-internauta, constitui um privilégio para os estudiosos da cultura visual, assim como para qualquer observador das “formas belas”.

Por tudo isso, os delicados fragmentos de vidro da Casa Marc Ferrez relacionados no Catalogue de Vistas, E. de Ferro, Marinha serão observados agora com um alcance muito maior. Reconhecer os recortes e as escolhas do fotógrafo contidos nesses fragmentos e em todas as combinações possíveis, inclusive para o seu ordenamento, é desvendar também boa parte das práticas fotográficas e dos trabalhos de memória de Marc Ferrez.

Historiadora, doutora em arquitetura e urbanismo, publicou diversos livros, entre os quais Marc Ferrez (Cosac & Naify, 2000) e O Brasil de Marc Ferrez (Instituto Moreira Salles, 2005, coautoria). Em 2019, lançou O Oriental Hydrographe e a fotografia: a primeira expedição ao redor mundo com uma ‘arte ao alcance de todos’ (1839-1840), edição impressa e digital do Centro de Fotografia de Montevidéu, com apoio do IMS. Atualmente, é professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense.

 

 

Notas

1 DR. SEMANA. O incêndio do mal das vinhas. Semana Illustrada, 15 maio de 1864.
2 MORSE, Samuel. The daguerreotype. New-York Observer, 20 abr. de 1839. No original: “The great building of the Diorama, with his own house, all his beautiful works, his valuable notes and papers, the labor of years of experiment, were, unknown to him, at that moment becoming the prey of the flames. His secret indeed is still safe with him, but the steps of his progress in the discovery, and his valuable research in science are lost to the scientific world.”
3 INCÊNDIO. Jornal do Commercio, 19 nov. 1873, p. 4.
4 VASCONCELLOS, Carlos Rodrigues. Estudo clínico dos aneurismas da aorta torácica. Rio de Janeiro: Papelaria Carvalhaes, 1891, 1 vol. in-8°. O estabelecimento aparece listado no Almanack Laemmert, de 1906, à rua do Ouvidor, números 91 e 113.
5 BREWSTER, David. The kaleidoscope, its history, theory and construction with its application to the fine and useful arts. London: J. Murray, 1859, p. 1.
6 BAUDELAIRE, Charles. Le peinte de la vie moderne, em Œuvres complètes (Paris, 1961, p. 1161). Apud CRARY, Jonathan. Técnicas do observador: visão e modernidade no século XIX. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012, p. 114-115.

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Este projeto é uma parceria entre o Arquivo Nacional e o Instituto Moreira Salles.