Desde 2011, a cada 31 de outubro o IMS organiza o Dia D - Dia Drummond para celebrar o dia de nascimento do poeta Carlos Drummond de Andrade, cujo acervo está em parte sob a guarda do instituto. Para difundir a obra do escritor pelo “mundo, mundo, vasto mundo”, parceiros e amigos são convidados a comemorar a data, cuja programação fica disponível nesta página.
Quando
31 de outubro
Online
Imprensa
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Caso do vestido
Nossa mãe, o que é aquele vestido, naquele prego?
Minhas filhas, é o vestido de uma dona que passou.
Caso do vestido / Dress case
Rafael Saar | Brasil | 2024, 9'
Arquivo digital 4K | Classificação indicativa: Livre
Direção, roteiro e montagem | Rafael Saar
Poema | Carlos Drummond de Andrade
Curadoria Instituto Moreira Salles | Bruno Cosentino e Eucanaã Ferraz
Produção | Maria Moretto
Direção de fotografia | Tiago Rios
1˚ Assistente de câmera | Sasha Lazarev
2˚ Assistente de câmera | Bruno Nogueira
Som direto | Thiago Sobral
Microfonista | Matheus Tiengo
Direção de arte | Uirá Clemente
Assistente de arte | Julio Cesar Venceslau
Caracterização | Dalmir Melo
Assistente de caracterização | Diego Brum
Mixagem | Thiago Sobral
Correção de cor | Tiago Rios
Alimentação | Tehuli Resende
Agradecimentos | Filipe di Castro, Kali C. e Laura Liuzzi
Elenco | Maria Ceiça, Ayo Faria e Ewä
Para o Dia D de 2024, trazemos o inédito curta-metragem Caso do vestido, produzido pela área de Literatura do IMS sobre o poema de mesmo nome incluído no livro A rosa do povo, publicado por Drummond em 1945.
É um texto que obedece a uma estrutura dramatúrgica, composto por um longo diálogo entre mãe e filhas sobre o pai que se foi. Os versos são interpretados, tais como estão escritos, pelas atrizes Maria Ceiça, no papel da mãe, e Ayo Faria e Ewä, fazendo as filhas.
A cena gira em torno de um misterioso vestido pendurado na parede. Tem início com a pergunta das filhas: “Nossa mãe, o que é aquele/ vestido, naquele prego?/ Minhas filhas, é o vestido/ de uma dona que passou.”
A partir de então, em torno desse objeto de fetiche – troféu, fantasma, totem? – decorre a história, contada pela mãe, do pai que abandonou a família levado por uma “mulher do demo”, mas que ao fim depois de sumir no mundo retorna à casa, contudo, assombrada pelo vestido, regalado pela outra à esposa: “Recebei esse vestido”, a “última peça de luxo/ que guardei como lembrança”, “e me dai vosso perdão”.
O filme tem direção, roteiro e edição de Rafael Saar, fotografia de Tiago Rios, arte de Uirá Clemente, som de Thiago Sobral e concepção de Bruno Cosentino e Eucanaã Ferraz.
Ayo Faria
Atriz, produtora cultural, performer e educadora social. Criou Projetos como Casa de Ewá, Vozes Pretas na Ballroom e Do Outro lado Da Ponte, dando visibilidade e importância a pessoas pretas, trans e das Região Fluminense do Estado do Rio de Janeiro. Seus projetos e feitos já foram reconhecidos e homenageados audiovisualmente e politicamente em São Gonçalo, Niterói e Rio de Janeiro.
Ewä
Multiartirta, dançarina profissional e atriz. Performou em teatros no Rio de Janeiro, Manaus, São Paulo, Curitiba e Buenos Aires. Como atriz estreou no longa-metragem "Sem Vergonha" dirigido por Rafael Saar.
Maria Ceiça
Atriz, cantora e apresentadora. Ganhadora do Troféu Andorinha, prêmio especial do júri, do Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa em 2006 e homenageada especial no African Film Festival em Nova York em 2005. Como apresentadora, de 1997 a 2014, trabalhou na TV Escola, um canal de educação dirigido aos professores e alunos das escolas públicas do Brasil. Em 2007 exerceu a função de Superintendente da Igualdade Racial, na Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro. - Na TV Globo, 2023/2024, na novela Elas por Elas, com a personagem Marlene, interpretou também personagens tais como a Tuquinha Batista da novela “Felicidade” ou a Márcia de “Por Amor”, “Fera Ferida” e “Uga Uga”. Pela Rede Record, participou das novelas “Prova de amor”, “Mutantes”, “Caminhos do Coração” e “Os 10 Mandamentos”, além de peças de teatro e musicais. - Em 2022, na Globoplay, na série " Verônika", ainda inédita. - Em 2019 atuou no espetáculo musical “As Comadres”, dirigido por Ariane Mnouckine Em 2021 - turnê na França com “As Comadres”. Atuou ainda no espetáculo musical “Por dentro da música”, “Gimba, presidente dos valentes”, “Os negros”, “Boeing,Boeing”, “Negros em Desterro”, entre outros. - Atuou em vários filmes, entre quais importantes produções brasileiras e internacionais, como : “Filhas do Vento” de Joelzito Araújo,” Cruz e Sousa, o Poeta do Desterro” de Sylvio Back, “O Testamento do Sr. Napomuceno” (Cabo Verde,) de Francisco Manso, “Orfeu” de Cacá Diegues , assim como no filme “O Herói” de Zezé Gamboa (Angola), entre outros.
Diretor Rafael Saar
Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Cinema e Audiovisual da Universidade Federal Fluminense, especialista em Gestão Cultural pela Universidade Cândido Mendes e graduado em Cinema e Vídeo pela UFF. Dirigiu curtas-metragens, entre eles "Depois de tudo", com Ney Matogrosso e Nildo Parente, vencedor de mais de 10 prêmios, como Melhor Ator para Nildo Parente no Festival de Brasília, e Melhor filme estrangeiro nas Jornadas Argentinas de Cine y Video Independiente. "Homem-ave" foi exibido em diversos festivais e integra a mostra itinerante “El roce de los cuerpos” organizada pelo Museu Reina Sofia. Foi assistente de direção e pesquisador do filme "Olho nu", de Joel Pizzini, sobre o cantor Ney Matogrosso, com o qual ganhou em 2012 no Festival de Brasília o prêmio Marco Antônio Guimarães, pelo seu trabalho de pesquisa. É comontador do curta-metragem "Mar de Fogo" (2015, dir. Joel Pizzini) que integrou a competição oficial do Festival de Berlim e de "Barretão" (2019, dir. Marcelo Santiago).
Seu primeiro longa-metragem "Yorimatã" estreou nos cinemas em 2016 e foi premiado em diversos festivais, destacando-se prêmios de Melhor Filme pelo júri e pelo voto popular no In-Edit 2015. “Peixe abissal” estreou na Mostra de Tiradentes e ganhou os prêmios de Melhor Documentário no Queer Lisboa 2023 e Melhor Direção no Festival Internacional de Cine Documental de Buenos Aires 2023. “Sem vergonha” estreou na Mostra de Cinema de São Paulo em 2024.
Filmografia
2024 - Sem vergonha, 79 min., DCP
2023 - Peixe abissal, 110 min., DCP
2022 - Primavera em cada vida, 14 min.
2014 – Yorimatã, 116 min, DCP
2012 – Crisálida, 19 min, HD
2010 – Homem-ave, 7 min, HD
2008 – Depois de tudo, 12 min, HD
Carlos Drummond de Andrade nasceu em 31 de outubro de 1902, em Itabira do Mato Dentro (MG), nono filho do fazendeiro Carlos de Paula Andrade e de Julieta Augusta Drummond de Andrade. Menino introvertido e míope, fez os primeiros estudos na cidade natal e, em 1920, quando a família se mudou para a capital, Belo Horizonte, o jovem de então 18 anos logo procurou o Diário de Minas, no qual começou a colaborar no ano seguinte. Ali conheceu seus grandes amigos do futuro: os poetas Abgar Renault e Emílio Moura, os escritores Aníbal Machado e João Alphonsus e outros.
Se for comemorar a data, envie a sua programação para [email protected] com o assunto 'Dia D' o quanto antes para que possamos incluir no site. Participe!
Use #DiaDrummond para compartilhar informações e fotografias relacionadas ao poeta.
O projeto foi lançado em 2011 pelo IMS e desde então conta com uma programação anual que pode ser consultada nesta página.