Com Papo reto, Fala Akari, Fluxos urbanos e Imagens do povo
Conversa na galeria
Relacionada à exposição Letizia Battaglia: Palermo
Quando
Entrada gratuita
Lugares limitados. Mais informações em Como participar.
IMS Rio
Galeria Marc Ferrez
Rua Marquês de São Vicente, 476
Gávea - Rio de Janeiro/RJ
Representantes de coletivos cariocas participaram de uma conversa com o público no IMS Rio no dia 26 de janeiro de 2019 (sábado), às 17h. Eles falaram sobre as conexões entre as suas vivências e a mostra Letizia Battaglia: Palermo, que apresenta a obra da fotógrafa italiana responsável por documentar a Guerra da Máfia em Palermo, especialmente nas décadas de 1970 e 1980.
O encontro reuniu quatro coletivos de comunicação, memória e artes, de diferentes territórios populares cariocas: Papo Reto, proveniente dos complexos do Alemão e da Penha, Fluxos Urbanos, do subúrbio de Honório Gurgel e região, Fala Akari, oriundo de Acari, na Zona Norte, e Imagens do Povo, centro de documentação do complexo da Maré.
Os convidados discorreram sobre os diálogos entre as imagens dos conflitos da Guerra da Máfia em Palermo, produzidas por Battaglia, e as suas próprias experiências de retratar a violência no Rio de Janeiro. A mediação foi da pesquisadora Eliana Sousa Silva, doutora em Serviço Social.
Coletivos convidados
Papo Reto: complexos do Alemão e Penha, representado por Thainã Medeiros
Fala Akari: Acari Zona norte, representado por Bruna Buba
Fluxos Urbanos: subúrbio de Honório Gurgel e região, representado por Manaíra Carneiro
Imagens do Povo: conjunto de favelas da Maré, representado por Francisco Valdean e Bira
A exposição Letizia Battaglia: Palermo reúne 58 imagens da fotógrafa italiana, cuja obra está profundamente ligada à cidade de Palermo, na Sicília, onde ela nasceu. Letizia Battaglia registrou a época dos conflitos mais violentos da máfia local, além de documentar o cotidiano da cidade.
Entrada gratuita, por ordem de chegada. Evento sujeito à lotação.
Imagens do Povo é um centro de documentação, pesquisa, formação e inserção de fotógrafos populares no mercado de trabalho. Criado em 2004, o programa alia a técnica fotográfica às questões sociais, registrando o cotidiano das favelas através de uma percepção crítica, que leve em conta o respeito aos direitos humanos e à cultura local. O projeto desenvolve ações nas esferas da educação, comunicação e arte, com objetivo de democratizar o acesso à linguagem fotográfica, apresentando a fotografia como técnica de expressão e visão autoral da sociedade.
Fluxos urbanos é uma multiplataforma colaborativa de comunicação sobre o subúrbio carioca e seus moradores, acessível através de site oficial, fanpage no Facebook, canal de vídeos no YouTube, materiais gráficos, publicações acadêmicas, produção de eventos e arte multimedia.
Papo Reto é um coletivo de comunicação para direitos humanos em favelas. Atua na perspectiva de disputar narrativas sobre o que é o Complexo do Alemão e denunciar violações de direitos através do uso da imagem e ampliação da rede de acolhimento das vítimas.
Fala Akari é um coletivo formado por militantes moradores de Acari visando a luta por direitos trabalhando através da educomunicação. O trabalho da defesa de direitos ocorre através de várias ações disputando a narrativa sobre nosso povo, território e cotidiano. Utilizando várias ferramentas de fácil acesso como a internet, materiais de audiovisual e ações nas ruas.
Eliana Sousa Silva é doutora em Serviço Social e mestre em Educação pela PUC-Rio. Graduada em Letras Português/Literaturas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ. É Doutora Honoris Causa pela Queen Mary University of London. Líder do Grupo de pesquisa do CNPq Núcleo Políticas de Prevenção da Violência, Acesso à Justiça e Educação em Direitos Humanos. Atua como defensora de direitos dos moradores e moradoras de favelas. Fundou algumas instituições com atuação na Maré, dentre elas, o então Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré e, ainda, a Redes de Desenvolvimento da Maré, Redes da Maré, da qual é uma das dirigentes até hoje. Trabalhou 32 anos na UFRJ, destacando-se na direção da Divisão de Integração Universidade Comunidade, DIUC. É consultora metodológica do projeto Aluno Presente, da organização social Associação Cidade Aprendiz. É curadora da 1ª edição do Festival Mulheres do Mundo, WOW, no Brasil. É autora dos livros Testemunhos da Maré (2015) e A Ocupação da Maré pelo Exército Brasileiro (2017).
A série Conversas na galeria promove o encontro de críticos, professores e especialistas com o público nos espaços expositivos do IMS, estimulando o debate em contato direto com as obras de arte.