Moderna pelo avesso: fotografia e cidade, Brasil, 1890-1930 (IMS Paulista)

A exposição é um ensaio visual sobre a produção fotográfica no Brasil durante a Primeira República, com foco no processo de urbanização de algumas das principais cidades à época: Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife e Belém.

A disseminação da fotografia por meio de revistas ilustradas, lanternas mágicas, cartões postais, das práticas amadoras e do cinema fez com que as cidades passassem a ser consumidas como imagem.

Fotos do “bota-abaixo” e da derrubada do Morro do Castelo, que reformulou a paisagem carioca, a transformação do Recife Velho, a festa do Centenário da Independência, cenas de trabalho infantil no cinema silencioso e o olhar para o cotidiano nas ruas de Belém, Recife e São Paulo mostram um processo de modernização contraditório e lacunar.

Moderna pelo avesso: fotografia e cidade, Brasil, 1890-1930 mostra sofisticação estética e pés descalços, construção e destruição, avanço e paralisia.

O tema da urbanização surgiu de uma prospecção das imagens realizadas entre 1889 e 1930 no acervo do Instituto Moreira Salles. A partir daí foram reunidas fotos e trechos de filmes pesquisados em 28 acervos, em diversas cidades brasileiras.

Clique na imagem para ampliá-la

Carnaval. sombra de folião, praça da Independência, Recife, PE, 1928. Fotografia em papel de gelatina e prata. Coleção Francisco Rebello.

Ilusão de ótica. Pintor de parede, bairro das Graças, Recife, PE, 1928. Fotografia em papel de gelatina e prata. Coleção Francisco Rebello.

Carnaval. Passistas no fim de bloco carnavalesco, bairro de São José, Recife, PE, 1927. Fotografia em papel de gelatina e prata. Coleção Francisco Rebello.

Varas de tirar frutos no pé; sítios, Recife, PE, 1924. Fotografia em papel de gelatina e prata. Coleção Francisco Rebello.

Expressões faciais em múltipla exposição (rosto de menina). Fotografias tiradas por câmera construída pelo autor, São Paulo, SP, c. 1890. Fotografia em papel de gelatina e prata. Foto de Valério Vieira/Acervo Fundação Biblioteca Nacional.

Praça Antônio Prado durante a estada do presidente Afonso Pena, São Paulo, SP, 1908. Fotografia em papel de gelatina e prata. Autoria não identificada. Acervo da Fundação Energia e Saneamento.

Demolições entre as ruas do Rosário e Ouvidor para construção da Avenida Central, Rio de Janeiro, 1904. Fotografia sobre papel, gelatina/prata. João Martins Torres/Acervo IMS.

Homens conversando em banco de praça, São Paulo, SP, c. 1910. Fotografia em papel de gelatina e prata. Foto de Vincenzo Pastore/Acervo IMS.

Comércio de frutas no mercado dos Caipiras, anexo ao Mercado Municipal da rua 25 de Março com General Carneiro, São Paulo, SP, c. 1910. Fotografia em papel de gelatina e prata. Coleção Vincenzo Pastore/Acervo IMS.

Restos do observatório e igreja, fruto da demolição do morro do Castelo, Rio de Janeiro, RJ, 1922. Fotografia em papel de gelatina e prata. Foto de Augusto Malta. Coleção Gilberto Ferrez/Acervo IMS.

Demolição do morro do Castelo, Rio de Janeiro, c. 1921-1922. Fotografia, gelatina/prata. Autoria não identificada. Acervo IMS.

Castello um aspecto das casas e seus habitantes, Rio de Janeiro, RJ, c. 1920. Fac-símile de estereoscopia positiva de gelatina e prata sobre vidro. Guilherme Santos/Museu da Imagem e do Som Rio de Janeiro.

Rio de Janeiro, RJ, c. 1930. Fac-símile de estereoscopia positiva de gelatina e prata sobre vidro. Guilherme Santos/Museu da Imagem e do Som Rio de Janeiro.

Larvas de lepidóptero, ordem de insetos que abrange borboletas e mariposas, Belém, PA, s.d. Cópia de exposição em jato de tinta e pigmento natural sobre papel de algodão. Foto de Jacques Huber. Arquivo Guilherme de La Penha/Museu Paraense Emílio Goeldi.

Fungo da espécie Phallus indusiatus, Belém, PA, s.d. Cópia de exposição em jato de tinta e pigmento natural sobre papel de algodão. Foto de Jacques Huber. Arquivo Guilherme de La Penha/Museu Paraense Emílio Goeldi.

Ressaca, Rio de Janeiro, RJ, 1917. Fotografia em papel de gelatina e prata. Fotografia de Carlos Bippus. Coleção Ruy Souza e Silva.