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Mulheres de celuloide

Parte de Bruce Conner: colagens e deslocamentos
Cena de VIVIAN, de Bruce Conner
Cena de VIVIAN, de Bruce Conner

Esta sessão integra a mostra Bruce Conner: colagens e deslocamentos, que acontece nos cinemas do IMS em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Informações sobre as outras sessões:
- Entre luz e sombras
- História americana
- CROSSROADS + O digital explosivo inevitável


RAIO CÓSMICO

COSMIC RAY
Bruce Conner | EUA | 1961, 5’, DCP

“RAIO CÓSMICO parece uma colagem ousada de diferentes partes em movimento rápido: quadrinhos, dançarinas, luzes piscando”, escreveu Carl Belz para a revista Film Culture em 1967. “E é a dançarina – quase pelada, tirando a roupa ou nua – que fornece o tema central do filme. Ela aparece várias e várias vezes – ensanduichada entre soldados, armas, e até a morte na forma de uma caveira posicionada entre suas pernas. E se essa declaração iguala sexo à destruição, o cataclismo é brilhante, como um fogo de artifício reluzente que termina com uma explosão cósmica. É claro, o título também se refere ao músico Ray Charles, cuja arte Conner transcreve visualmente no filme como uma realidade potente, forte e penetrante em sua capacidade de afetar instintos animais básicos. Mas, se esse é o conteúdo do filme – que boa parte do nosso comportamento consiste em bestialidade –, a obra como um todo se mostra mais como uma revelação do que como uma crítica.”


VIVIAN

Bruce Conner | EUA | 1964, 3’, DCP

“Um filme-retrato editado ao som da versão de Conway Twitty para [a canção] ‘Mona Lisa’. Filmado parcialmente numa exposição de arte de Conner em São Francisco, em 1964, a obra também é uma declaração inteligente a respeito das forças que sugam a vida da arte. Vivian Kurz, o foco do filme, está sepultada num mostruário de vidro.” (Judd Chesler)


MARILYN VEZES CINCO

MARILYN TIMES FIVE
Bruce Conner | EUA | 1968-1973, 14’, 16 mm

“Uma jovem, supostamente Marilyn Monroe, é vista sob um olhar atento e impiedoso na arena de um filme erótico antigo. A reiteração dos cinco ciclos gira em torno da mercantilização do seu corpo pálido como a lua, enquanto a canção da trilha sonora repete cinco vezes: “I’m through with love” [Não quero mais saber de amor]. O último plano encerra uma recompensa final de quietude, quando ela é vista desabada no chão.” (Anthony Reveaux)

O filme combina cenas do curta-metragem The Apple-Knockers and the Coke (1948), interpretado por Arline Hunter, à música “I’m through With Love”, cantada por Marilyn Monroe.


BREAKAWAY

Bruce Conner | EUA | 1966, 5’, DCP

Rodado e lançado em 1996, BREAKAWAY apresenta a coreógrafa Antonia Christina Basilotta, conhecida como Toni Basil, dançando a faixa-título (que ela também canta). Um filme de dança visto duas vezes (em reprodução normal e de trás para a frente), rodado em exposições de um só frame, e também a 8, 16, 24 e 36 quadros por segundo.

“A câmera captura seus movimentos em rastros de luz gestuais e expressivos. Entrecortado ritmicamente com pontas pretas de rolo de filme, ela rodopia em acelerações graciosas e estroboscópicas. A edição de Conner atinge seu ápice quando ele alterna ângulos da silhueta dela em diferentes planos, numa continuidade fluida e sinestésica.”

“Basicamente, um filme de dois minutos e meio, e então esse ‘módulo’ de imagem e som é invertido. Tudo roda ao ‘contrário’, até o começo ‘original’. A trilha sonora com Basilotta cantando a faixa-título roda ao contrário, como um equivalente aural à abstração visual da fotografia. Lembra um paradigma daquelas demonstrações de como funciona a gravidade nas aulas de física no ensino médio, na qual víamos uma bola jogada reta para o alto percorrer fielmente sua trajetória de volta à Terra.” (Anthony Reveaux)


Programação

Não há sessões previstas para esse filme no momento.


Ingressos

Os ingressos para as sessões de cinema do IMS são vendidos nas bilheterias dos centros culturais e no site ingresso.com.

IMS Paulista
R$8 (inteira) e R$4 (meia).
Bilheteria: de terça a domingo, das 10h até o início da última sessão de cinema do dia, na Praça, no 5º andar.

A bilheteria vende ingressos apenas para as sessões do dia. No ingresso.com, a venda é semanal: a cada quinta-feira são liberados ingressos para as sessões que acontecem até a quarta-feira seguinte.

IMS Rio
Terça a quinta: R$8 (inteira) e R$4 (meia).
Bilheteria: de terça a domingo, das 11h até o início da última sessão de cinema do dia, na recepção.

A bilheteria vende ingressos apenas para as sessões do dia. No ingresso.com, as vendas para as sessões de cada mês acontecem a partir do 1º dia do mês vigente.


Sobre a mostra

Em parceria com a Galeria Bergamin Gomide, o IMS apresenta um recorte da obra de Bruce Conner (1933 – 2008), artista norte-americano conhecido por seu trabalho com cinema, montagem, desenho, escultura, pintura, colagem, fotografia e brincadeiras conceituais. Sua obra foi recentemente restaurada pela UCLA e parte dela será apresentada pela primeira vez no Brasil.


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