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Acervo vivo

A obra da cearense Rachel de Queiroz (1910-2003) começa a ser reeditada com o lançamento de uma edição em capa dura de O Quinze, seu romance de estreia, publicado em 1930. Para esta 104ª edição o acervo da escritora, sob guarda do Instituto Moreira Salles desde 2006, foi fundamental.


Quando desejos outros é que falam

Com tom mais amoroso do que francamente libertino, o erotismo percorreria a obra de Drummond. O gosto do poeta por este gênero de literatura reservou em sua biblioteca espaço para um número generoso de obras de temática erótica, além de inspirar a colaboração com Horácio de Almeida no Dicionário erótico da língua portuguesa e no Dicionário de termos eróticos e afins.


Alécio e sua “big ternura pela vida”

Amizades verdadeiras podem começar ao acaso e foi assim que, em 1964, Carlos Drummond de Andrade, ao visitar a exposição Itinerário da infância, ficaria encantado com o trabalho do jovem fotógrafo Alécio de Andrade. Em 1979, o poeta presenteou o amigo com o poema O que Alécio vê.


Piazzas, de Roberto Piva: sob o signo de Maldoror

Roberto Piva, nascido em 25 de setembro de 1937, lançou seu livro Piazzas em outubro de 1964, seis meses após a deflagração do golpe militar no Brasil. Fábio Frohwein fala dos poemas de Piva e da coleção Maldoror, da Massao Ohno editora.


O mundo musical de Baden

Nos dias 4 e 6 de dezembro de 1964, Vinicius de Moraes escreveu duas crônicas em sua coluna Bossa Nova, no Diário Carioca, sobre Baden Powell. Exaltava o primeiro disco do parceiro gravado na França, Le Monde Musical de Baden, o início de uma vitoriosa carreira internacional.


Despertando “Quintanares”

Mario Quintana, cujos 20 anos de morte se completaram em 5 de maio de 2014, foi, sem dúvida, um dos poetas brasileiros mais engajados – com a (sua) poesia. Isto porque o homem que marchou voluntariamente para o Rio de Janeiro em 1930 é diferente do poeta que se orgulhava de nunca ter pertencido a uma escola literária. Nesse sentido, vida e obra não se confundem. (Lyza Brasil)


O braço direito, um livro cult

Ana Miranda, que trabalhou na versão final do livro O braço direito, em 1993, analisa o único romance de Otto Lara Resende, livro que “pode ser lido pelo viés do sentimento e pelo da razão”. Para ela, há na narrativa “um labirinto sem saída, um horizonte sinuoso, intransponível”. Mas também há “uma linha contínua de graça, senso de humor, enlevo”.