Poeta de privilegiada consciência crítica, Ana Cristina Cesar, para quem literatura e vida eram indissociáveis, destacou-se na década de 1970 com uma poesia intimista marcada pela coloquialidade e com seu talento para vertentes diversas da atividade intelectual.
Ana Cristina Cruz Cesar nasceu no Rio de Janeiro (RJ), em 2 de junho de 1952, filha de Waldo Aranha Lenz Cesar e Maria Luiza Cesar. Viveu “em estado de emergência”, nas palavras de Florência Garramuño, argentina estudiosa de sua obra, e, desse modo, transitou com avidez por áreas distintas, desde a poesia, passando pelo cinema, pela crítica literária e pela tradução. Licenciada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) em 1975, sua dissertação de mestrado na Escola de Comunicação da UFRJ resultou na publicação, em 1980, do livro Literatura não é documento, importante levantamento de documentários sobre escritores e movimentos literários do Brasil. Ainda como aluna da PUC-Rio, não tardou a ser descoberta pela professora Clara Alvim, com quem estabeleceria relação epistolar importante. Em 1975, Heloisa Buarque de Hollanda, também sua professora, a incluiria na antologia 26 poetas hoje, seleção de talentosos representantes da geração daquela década, intérpretes de uma liberdade estética incomum, que aproximou leitor e poesia por meio de informalidade e aparente improviso. No entanto, a própria Ana Cristina declarou, quando lhe perguntaram se sua poesia era racional: “É muito construída, muito penosa”.
Não há novos eventos previstos.
Pesquise no acervo de Literatura
Explore a base de dados, que disponibiliza descrições de itens dos Arquivos, além de imagens com o conforto de zoom até 200%. Você pode ler, nessa resolução, as crônicas de Paulo Mendes Campos publicadas na revista Manchete ou ver fotos de Ana Cristina Cesar, Clarice Lispector e Rachel de Queiroz. Surpreenda-se com as dedicatórias de livros transcritas na base de dados da Biblioteca.