A obra de Domingos de Miranda Ribeiro é composta por 2.840 negativos produzidos nas décadas de 1960 e 1970. Registram viagens pelo Brasil, vistas urbanas de várias cidades do país e, principalmente, documentação de cenas e paisagens da região de Paraty e Ubatuba, onde o fotógrafo carioca residiu até morrer.
Um dos mestres da fotografia do século XIX, o francês Auguste Stahl deixou uma obra diversificada, com destaque para a documentação da paisagem urbana de Pernambuco na década de 1850, a visita do imperador Dom Pedro II a Recife e retratos produzidos no estúdio montado posteriormente no Rio de Janeiro.
Pioneiro da técnica fotográfica no Brasil, o francês Revert Klumb estabeleceu-se em Petrópolis, onde a partir de 1855 realiza diversas vistas estereoscópicas. Absorve os avanços tecnológicos da época, e em 1872, publica um dos primeiros fotolivros do país. Deu aulas de fotografia para a Princesa Isabel e ficou conhecido por retratar plantas e aves, temas raros na fotografia daquele período, além de cenas cotidianas da cidade.
O suíço Georges Leuzinger é parte do grupo de estrangeiros responsáveis por consolidar o imaginário visual oitocentista do Rio de Janeiro. Como empreendedor foi o mais importante nome na história da difusão desta iconografia, ao criar e desenvolver, a partir de 1839, a potência editorial Casa Leuzinger. Como fotógrafo, realizou durante a década de 1860 um trabalho sistemático de documentação do estado do Rio.
Fundador da antropologia estruturalista e um dos grandes intelectuais do século XX, Claude Lévi-Strauss esteve no Brasil por quatro anos, convidado a dar aulas na USP. Neste período liderou missões etnográficas cujos registros resultariam no clássico Tristes trópicos, de 1955. A série de fotografias integrante do acervo IMS retrata a cidade de São Paulo em 1939, quando ainda havia ruas de terra e carros puxados por burros.
O piauiense José Medeiros integrou a equipe de O Cruzeiro entre os anos 1940 e 1960, no auge da revolução no tratamento dado à imagem provocada na imprensa nacional pela então maior revista do país. Medeiros inovou dentro da própria redação, aplicando ao seu trabalho elementos do fotojornalismo humanista europeu, com o qual se identificava. A partir dos anos 1960 dedicou-se principalmente à fotografia cinematográfica, atuando ativamente no Cinema Novo.
Martín Chambi nasceu no Peru de fins do século XIX. Filho de um trabalhador de mina de ouro, aprendeu neste ambiente os rudimentos da técnica fotográfica. Assume-a como ofício em 1908, quando vai para Arequipa se especializar nos grandes ateliês. Em 1923 abre em Cuzco o estúdio onde reproduziria com maestria, em fotos e cartões postais, retratos e paisagens dos Andes que se tornariam o principal veículo de difusão das imagens da região para o mundo.
Frequentador da vanguarda artística portenha nos anos 1920, o argentino Horácio Coppola incorporou permanentemente a seu trabalho a noção geométrica modernista, aplicando-a ao registro da arquitetura do centro da Buenos Aires que então se urbanizava, suas imagens mais célebres. O IMS guarda um conjunto de 150 fotografias do autor produzidas durante uma viagem ao Brasil em 1945, com destaque para imagens das esculturas de Aleijadinho, em Minas Gerais.
Nascido em Augsburgo, na Baviera, Albert Frisch trabalhou para a Casa Leuzinger, estúdio fotográfico do Rio de Janeiro, na década de 1860. Foi para a Amazônia em novembro de 1867, quando documentou, numa viagem que levou alguns meses, indígenas, fauna e flora, os primeiros registros da região de que se tem notícia. Sua coleção tem cerca de 500 fotografias e 290 documentos.
