no verbo do silêncio a síntese do grito
Exposição
9/11/2022 a 27/3/2023
CCBB RJ
Rio de Janeiro/RJ
Horário*
Depois de mais de cinco meses em cartaz no IMS Paulista, a exposição Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito chega ao Rio de Janeiro, no Centro Cultural Banco do Brasil, CCBB, marcando o início de uma parceira entre as duas instituições. A mostra reúne 266 obras produzidas desde 1950, no início da carreira de Firmo, até 2021. São imagens que retratam e enaltecem a cultura negra do país, registrando ritos, festas populares e religiosas, além de cenas cotidianas.
Com curadoria de Sergio Burgi e Janaina Damaceno, a exposição ocupará todas as salas do segundo andar do CCBB RJ e está dividida em sete núcleos temáticos. Entre eles, um sobre seus primeiros anos de atuação na imprensa e outro com retratos de músicos produzidos principalmente a partir da década de 1970 – nomes como Dona Ivone Lara, Cartola, Clementina de Jesus, Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Milton Nascimento e Chico Buarque. Este conjunto inclui também a famosa série de fotografias de Pixinguinha feita em 1967, numa cadeira de balanço.
O público poderá assistir, ainda, ao curta-metragem Pequena África (2002), do cineasta Zózimo Bulbul, no qual Firmo trabalhou como diretor de fotografia, e que trata da história da região que recebeu milhões de africanos escravizados. Também há um núcleo dedicado à fotografia em preto e branco, ainda pouco conhecida e em grande parte inédita, cujo destaque é a série de imagens feitas na praia de Piatã, em Salvador, entre o fim dos anos 1990 e o início dos anos 2000.
Walter Firmo incorporou desde cedo em sua fotografia a construção de linguagem que busca a elaboração de sentido através de imagens dirigidas e encenadas, tendo como essência uma consciência de origem – racial, social e cultural –, amalgamada a um desejo de questionar os cânones da fotografia documental e do fotojornalismo. Grande parte das obras exibidas provém do acervo do fotógrafo, que se encontra sob a guarda do IMS desde 2018, em regime de comodato.
Curadoria
Sergio Burgi
Curadora adjunta
Janaina Damaceno
Assistência de curadoria
Alessandra Coutinho Campos
Pesquisa biográfica e documental
Andrea Wanderley
O IMS envidou todos os esforços para identificar e localizar detentores dos direitos de imagem das pessoas retratadas (exibidas/publicadas/divulgadas), e agradece toda informação suplementar a respeito.
São Paulo, SP, Brasil
Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito
IMS Paulista
30/4 a 9/10/2022
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito
CCBB Rio de Janeiro
9/11/2022 a 27/3/2023
Brasília, DF, Brasil
Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito
CCBB Brasília
18/4 a 25/6/2023
Belo Horizonte, MG, Brasil
Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito
CCBB Belo Horizonte
12/7 a 2/10/2023
Salvador, BA, Brasil
Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito
Museu de Arte Moderna da Bahia
5/12/2023 a 31/3/2024
Poços de Caldas, MG, Brasil
Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito
IMS Poços
29/6 a 17/11/2024
Exposição encerrada
Entrada gratuita
9/11/2022 a 27/3/2023
Horário*
Segundas: 9h às 21h. Terças fechado. Quarta a sábado: 9h às 21h. Domingo: 9h às 20h.
*O horário de funcionamento da instituição parceira está sujeito a alterações sem aviso prévio. Sempre verifique o horário no site da instituição.
CCBB RJ
R. Primeiro de Março, 66 - Centro
Rio de Janeiro/RJ
Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito
A publicação traz as obras do autor presentes na exposição, além de textos de autoria do próprio Firmo, de João Fernandes, diretor artístico do IMS, e dos curadores Sergio Burgi e Janaina Damaceno Gomes. O livro também traz uma entrevista do fotógrafo em conversa com os curadores e com o jornalista Nabor Jr., editor da revista O Melenick 2° Ato, além de uma cronologia do fotógrafo assinada por Andrea Wanderley.
Formato: 21 x 25,5 cm
Páginas: 256
ISBN: 9786588251065
Idioma: Português
Lançamento: Maio/2022
Reverberando a exposição No verbo do silêncio a síntese do grito, o curador de música do IMS, Juliano Gentile, preparou uma playlist dedicada à mostra. A lista inclui composições e/ou interpretações de grandes figuras da música brasileira retratadas pelo fotógrafo, como Pixinguinha, Clementina de Jesus, Cartola e Dona Ivone Lara, entre tantas outras. Com algumas delas, Firmo conviveu e criou vínculos de amizade, em muitos casos fazendo fotos que se tornaram consagradas capas de discos. A playlist também contempla parte da trilha do curta-metragem Pequena África, no qual Firmo atuou como diretor de fotografia, e ainda reflete o ambiente de manifestações populares em diferentes regiões do País, como o Carnaval e o Bumba meu boi. De fora do Brasil, referências as suas passagens por Cuba, Cabo Verde, Jamaica e Estados Unidos – sendo este último o local onde o próprio fotógrafo afirma ter tomado consciência da luta antirracista, marcando sua trajetória profissional.
Nascido em 1º de junho de 1937 no Rio de Janeiro, Walter Firmo conta que desde garoto sonhava em fotografar. Ingressou no fotojornalismo em 1955, como aprendiz, no jornal Última Hora, e não parou mais. Trabalhou em diversos jornais e revistas e construiu uma carreira longeva, reconhecida por prêmios. Um deles foi o Esso de Reportagem, em 1963, conquistado por “Cem dias na Amazônia de ninguém”, matéria publicada no Jornal do Brasil com fotos e texto seus. Chamado de “mestre da cor”, Firmo é autor de retratos memoráveis de ícones da música brasileira como Pixinguinha, Dona Ivone Lara, Cartola. Outra vertente bastante conhecida de seu trabalho são as imagens de festas populares registradas por todo o Brasil, do carnaval do Rio de Janeiro ao bumba-meu-boi no Maranhão. Desde 2018 o IMS abriga, em regime de comodato, aproximadamente 155 mil fotos feitas por Firmo ao longo de várias décadas. (Foto: Walter Firmo, Nazaré da Mata, PE, 2014 circa)