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1970. 83min. Livre
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Nesta livre adaptação do conto O alienista, de Machado de Assis, Nelson Pereira dos Santos mantém o tom do livro ao mesmo tempo que desconstrói ambientação e personagens, ao retratar a construção do sanatório em uma pequena cidade no século XIX. Filmado em Paraty, com Leila Diniz, Ana Maria Magalhães, Irene Stefânia, Nildo Parente (em seu primeiro filme com NPS) e Arduíno Colasanti, com figurinos lisérgicos e alegóricos, Azyllo muito louco evoca também aqueles que são os anos mais sinistros do regime militar iniciado em 1964, em internações/prisões sem sentido feitas por aqueles com delírios de controle e poder e tentativas de resistência.
Comenta Helena Salem, em Nelson Pereira dos Santos – O sonho possível do cinema brasileiro: “Se a revolta no conto é obra dos homens, no filme ela é puxada pelas mulheres (ainda que seja colocado um chefe homem). [....] Também são as mulheres as únicas que, mesmo dentro do hospício, não usam camisa de força, ao contrário dos homens. “Elas (as atrizes) não queriam”, justifica Nelson. [...]. O fato é que as mulheres no filme são mais livres, esvoaçantes, alegres, fortes – e sábias. Têm todo, e nenhum poder. Porque, em última instância, o poder é dos homens. Pelo menos o institucional.”
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