Sobre Clarice Lispector
Apresentação No Recife (PE), para onde se mudou com a família em 1925, Clarice viveu o que considerava “a verdadeira vida brasileira”, longe da influência estrangeira que chegava ao Rio […]
Apresentação No Recife (PE), para onde se mudou com a família em 1925, Clarice viveu o que considerava “a verdadeira vida brasileira”, longe da influência estrangeira que chegava ao Rio […]
“Na literatura brasileira não tem ninguém que fale como ela fala”. A afirmação é de Eucanaã Ferraz, e ela é Clarice Lispector, dona de uma obra que conquistou admiradores por sua capacidade de dançar, com sutileza e clareza, sobre áreas de sombra, como costumam ser os turbilhões do ser humano.
Em setembro de 2016, Clarice Lispector foi objeto da edição do Clube de Leitura do IMS Rio, promovido pela coordenadoria de literatura do instituto. Roberto Corrêa dos Santos, pesquisador e professor da Uerj, conversou com o grupo sobre Laços de família, livro de contos publicado em 1960.
O que mais importa no acervo de um artista é, decerto, a sua obra. Mas não há patrimônio cultural que escape de certas miudezas de caráter pessoal – como o nariz de porco do David Zingg – que aguçam a curiosidade de pesquisadores e humanizam as joias da coroa de qualquer coleção.
Dentre o conjunto de documentos doados por Paulo Gurgel Valente ao IMS, está um exemplar da revista Pan de 25 de maio de 1940, que traz em três páginas o conto “Triunfo”, a primeira colaboração de Clarice Lispector na imprensa de que se tem registro.
Paulo Gurgel Valente, filho de Clarice Lispector, doou ao IMS o conjunto de originais de 120 cartas de sua mãe endereçadas a Elisa Lispector e Tânia Kaufmann. Essa seleção dá conta dos quase 20 anos em que Clarice esteve no exterior acompanhando o marido diplomata.