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Contraste

Hélio Pellegrino: “czar de todas as rússias”

Em 2022 completam-se 70 anos que Hélio Pellegrino (à direita na foto) chegou ao Rio de Janeiro. Era o último mineiro, do lendário quarteto formado ainda por Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Otto Lara Resende, a se mudar para a cidade. Antes, trocou muitas cartas com Otto (à esquerda na foto), que o chamou de “czar de todas as rússias” quando o amigo se candidatou a deputado federal pela UDN, em 1946. (Elvia Bezerra)


Dalton Trevisan, um ruminante do estilo

Dalton Trevisan (à esquerda na foto) é, de longe, o interlocutor mais copioso do acervo de Otto Lara Resende. A correspondência dos amigos sob a guarda do IMS tem mais de 600 cartas. Elas revelam sonhos, ambições e, sobretudo, as angústias de dois escritores atormentados pela insatisfação, pela busca da palavra exata, da expressão enxuta, da construção perfeita e da fidelidade a um estilo. (Elvia Bezerra)


Caderno de Londres: Otto Lara Resende

Viajante que absorvia o entorno, mas não deixava de se manter conectado ao mundo interno, Otto Lara Resende anotou num caderno observações e acontecimentos de uma viagem a Londres, em 1982. Nele, comentou a Guerra das Malvinas/Falklands, mas fez também uma curiosa reflexão sobre a fé. (Elvia Bezerra)


Cadernos de Paris: Otto Lara Resende

Entre 7 e 21 de janeiro de 1989, o jornalista e escritor mineiro preencheu dois cadernos com experiências vividas em Paris, que explodia em comemorações do bicentenário da Revolução Francesa. Um dos objetivos da viagem era deixar na cidade a filha Heleninha, à direita na foto. (Elvia Bezerra)


Caderno de bordo: Otto Lara Resende

A viagem de navio que trouxe em 1959 Otto Lara Resende de volta da Europa, onde serviu dois anos na Embaixada do Brasil em Bruxelas, recheou um diário de bordo do escritor. Nele, Otto celebra o convívio com seus filhos André, Bruno e Cristiana (Helena ainda não havia nascido). (Elvia Bezerra)


Caderno de ‘O braço direito’: Otto Lara Resende

“Devia ser proibido escrever romance antes dos 50 anos”, registrou Otto Lara Resende num pequeno caderno de 1989. Nele, o escritor, então com 67 anos, anotou suas angústias enquanto trabalhava na quinta versão de O braço direito, lançado em 1963. (Elvia Bezerra)


Outro capítulo do chapéu

Uma foto pode provocar dúvidas cruciais sobre o que representa. Como esta de Otto Lara Resende (à direita na imagem), quando era adido cultural na embaixada do Brasil em Bruxelas. Uma carta do escritor a Fernando Sabino esclarece o divertido episódio: considerado caipira demais, seu chapéu foi queimado pelos colegas diplomatas, que lhe deram no lugar um requintado exemplar inglês. (Foto: Acervo IMS)


Leituras do acervo

Atento à situação de fragilidade em que se encontram trabalhadores da cultura, o Instituto Moreira Salles lançou um novo programa de fomento à produção artística: o post Leituras do acervo inaugura a #IMSdeCasa comissionando atores e estudantes de teatro convidados a registrar em áudio poemas e crônicas dos acervos do Instituto.


Caderno da Noruega: Otto Lara Resende

Num dos 25 cadernos de Otto Lara Resende no acervo do IMS, a pesquisadora Elvia Bezerra encontrou as anotações de uma viagem que o escritor fez à Noruega com um grupo de jornalistas, em 1967. Padecendo de saudades de casa e da família, ele lamentou ter entrado naquela “ursada”. “Estou vazio por dentro”, escreveu.


Sob a pele de Joaquim Leonel

Cuidadoso e implacável com seus próprios textos, Otto Lara Resende usou o mesmo rigor para responder a aspirantes a escritores na coluna “Correio Literário”, no Jornal de Letras, em torno de 1951. Sob o pseudônimo de Joaquim Leonel, era generoso, mas também severo, conta Elvia Bezerra, ao comentar os textos alheios. (Foto de Helena Lara Resende. Arquivo Otto Lara Resende/Acervo IMS)