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Contraste

Pelas beiradas dos acervos

O que mais importa no acervo de um artista é, decerto, a sua obra. Mas não há patrimônio cultural que escape de certas miudezas de caráter pessoal – como o nariz de porco do David Zingg – que aguçam a curiosidade de pesquisadores e humanizam as joias da coroa de qualquer coleção.


“Tirando o chapéu, o homem está nu”

“Tirem a roupa toda, se quiserem, mas não tirem o chapéu”, escreveu Paulo Mendes Campos, e como se vê nesta antologia de coberturas de cabeça seu amigo Otto Lara Resende parece ter seguido a orientação à risca. (Elvia Bezerra)


Vão Gôgo Boite

O Diário Popular, jornal lisboeta, salvou Millôr das dívidas. A partir daí, o escritor foi ganhando popularidade em Portugal, e a prova é a casa noturna Vão Gôgo Boite, que homenageia sua personagem.


O rinoceronte de Millôr

Um rinoceronte é descoberto no arquivo de Otto Lara Resende. Desenhado por Millôr Fernandes em 1960, parece ter sido feito para ilustrar uma das peças mais conhecidas do dramaturgo Eugène Ionesco.


O braço direito, um livro cult

Ana Miranda, que trabalhou na versão final do livro O braço direito, em 1993, analisa o único romance de Otto Lara Resende, livro que “pode ser lido pelo viés do sentimento e pelo da razão”. Para ela, há na narrativa “um labirinto sem saída, um horizonte sinuoso, intransponível”. Mas também há “uma linha contínua de graça, senso de humor, enlevo”.