Por dentro dos Acervos
Carolina Maria de Jesus
O retumbante sucesso de Quarto de despejo, de 1960, inseriu uma negra e moradora de favela entre os autores da literatura brasileira. A obra de Carolina ganha cada dia mais importância ao longo do século XXI, quando se intensificam as discussões sobre racismo e gêneros literários.
Maria Julieta Drummond de Andrade
Escritora que estreou sob as bênçãos de Rachel de Queiroz, a quem o pai e poeta pedira opinião, é autora de novelas e crônicas, além de ter se dedicado à divulgação da literatura brasileira em Buenos Aires, onde morou e traduziu, para o português, nomes da literatura argentina.
Ana Cristina Cesar
Poeta de versos marcados pela coloquialidade, figura na antologia 26 poetas hoje como um dos mais destacados talentos da poesia marginal, movimento que floresceu no Rio, na década de 1970. Destacou-se ainda em vertentes diversas da atividade intelectual, dentre as quais a tradução.
Carolina é cânone
Carolina Maria de Jesus integrou a lista de leituras obrigatórias do Vestibular 2019 da Unicamp. A professora e crítica literária Marisa Lajolo reforça a importância da autora no contexto atual do país e confirma que sim, a autora de Quarto de despejo tem lugar no cânone literário.
Adeus a Noll
Em 29 de março de 2017 foi anunciada a morte do escritor João Gilberto Noll, aos 70 anos. Nascido em Porto Alegre, autor de dezoito livros e ganhador de diversos prêmios, incluindo cinco Jabutis, Noll foi uma voz marcante na literatura brasileira contemporânea, com uma dicção única. Seu acervo, contendo manuscritos e datiloscritos, chegou ao IMS em 1998. (Daniel Pellizzari)
Tempo de Erico Verissimo
Autor de romances celebrados como O tempo e o vento, Olhai os lírios do campo e Incidente em Antares, Erico Verissimo é um dos nomes fundamentais da história da literatura brasileira. Para refletir sobre o lugar do gaúcho no cenário nacional, o IMS Rio abrigará um encontro com pesquisadores de RS, SP e RJ, além de dois professores de universidades dos EUA.
A hora de Clarice
“Na literatura brasileira não tem ninguém que fale como ela fala”. A afirmação é de Eucanaã Ferraz, e ela é Clarice Lispector, dona de uma obra que conquistou admiradores por sua capacidade de dançar, com sutileza e clareza, sobre áreas de sombra, como costumam ser os turbilhões do ser humano.