Na obra de Vinicius de Moraes há uma composição de origem curiosa, cuja história está narrada em crônica de Paulo Mendes Campos. Ele conta que, “numa noite de descaramento etílico” no apartamento de Fernando Sabino, propôs ao poeta escreverem um soneto juntos. Assim nasceu o “Soneto a quatro mãos”. O manuscrito inicial (em destaque) está no acervo Paulo Mendes Campos, sob a guarda do IMS. (Elvia Bezerra)
Paulo Mendes Campos tinha 23 anos quando, inspirado pelo poema “Vou-me embora pra Pasárgada”, de Manuel Bandeira, escreveu a paródia “Vou-me embora pra Imbituba”. Ao contrário do local idílico de Bandeira, o “portozinho” de Santa Catarina que o poeta e cronista mineiro visitara poucos anos antes só lhe oferece nostalgia. O original, oferecido ao autor de “Pasárgada”, está na Fundação Casa de Rui Barbosa. (Elvia Bezerra)
Nascidos no mesmo dia 19 de abril, mas com 37 anos de diferença, Manuel Bandeira e Lygia Fagundes Telles encontraram-se diversas vezes. O arquivo da escritora possui quatro fotografias do poeta, entre elas uma que ele dedicou à autora de As meninas: “No entanto ela é que está triste! Já se viu? Não vi! Já viste?” (Elvia Bezerra).
Numa crônica de 1954, Paulo Mendes Campos diz amar cada vez mais os poemas que acontecem na vida, fora do papel, e cita o desencontro entre Mário Quintana e Manuel Bandeira. Conta que o poeta gaúcho, no ano em que viveu no Rio, nunca teve coragem de falar pessoalmente com o Poeta de Pasárgada. No arquivo de Quintana no IMS, porém, há um mapa (imagem) para a casa de Bandeira, indicando que a visita foi desejada, conclui Elvia Bezerra. Se ela ocorreu, são outros versos.
Coordenados pelo professor Sérgio Roberto Montero Aguiar, os encontros acontecem mensalmente no IMS Poços e abordam a vida e a produção de diferentes autores. O projeto incentiva o público a entrar em contato com obras fundamentais da literatura brasileira. Entrada gratuita, com inscrição na recepção.
A biblioteca de Carlos Drummond de Andrade nos diz muitas coisas. A mais óbvia: os livros que você reúne espelham suas predileções e, portanto, dão indícios de quem você é. Depois, um livro nunca é órfão. Exemplares têm nome, sobrenome, filiação, data, contexto. Livros têm história.
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