Principal fotógrafo brasileiro do século XIX, dono de uma obra que se equipara à dos maiores nomes da fotografia em todo o mundo, Marc Ferrez é o mais significativo fotógrafo do período no acervo do Instituto Moreira Salles. Preservados por seu neto, o pesquisador Gilberto Ferrez, os negativos de vidro e as tiragens produzidas pelo próprio fotógrafo compõem a maior parte da Coleção Gilberto Ferrez, reunião de 15 mil imagens que não tem rival entre os acervos privados de fotografia brasileira do século XIX, adquirida pelo IMS em maio de 1998.
Mais conhecido do grande público por suas paisagens – sobretudo as fotografias panorâmicas da cidade do Rio de Janeiro e arredores, feitas com câmeras especiais em negativos de grande formato, técnica praticada por poucos fotógrafos do mundo e à qual ele dedicou toda a sua inventividade técnica –, o Ferrez que emerge da coleção é um artista plural e inquieto. Como fotógrafo, foi, ao sabor dos trabalhos que lhe eram encomendados, versátil nos temas. Como pesquisador de técnicas e processos, num momento em que a fotografia passava por acelerada evolução, perseguiu e desenvolveu projetos pioneiros.
Trabalhadores escravizados na colheita do café
Quitandeiras
Trabalhadores escravizados na colheita do café
Marc Ferrez
Rio Grande - RJ - Brasil - 1882 circa
Quitandeiras
Marc Ferrez
- Rio de Janeiro - RJ - Brasil - c.1875
Constituído de fotografias, álbuns e negativos de vidro, o legado de Marc Ferrez inclui nove cadernos inéditos – oito manuscritos e um catálogo de vendas – que se encontram nos acervos do Instituto Moreira Salles e do Arquivo Nacional. São fontes valiosas de informação sobre sua obra, procedimentos e técnicas fotográficas, atuação como empresário, além de aspectos mais íntimos da vida do fotógrafo, sobretudo os últimos anos. Seis dos nove cadernos estão disponíveis em sua totalidade, digitalizados, acompanhados de textos e imagens complementares. Até o final de 2022, todos os cadernos estarão online.
Filho de franceses, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 7 de dezembro de 1843. Participou de várias Exposições Universais em Paris, Filadélfia e Amsterdã, onde teve seu trabalho premiado em diversas ocasiões. Como fotógrafo da Marinha Imperial, retratou as comemorações do fim da guerra do Paraguai, Revolta da Armada, entre outros eventos. Ficou conhecido por retratar as mudanças urbanísticas no Rio de Janeiro, paisagens e tipos urbanos e por ser pioneiro da fotografia em cores no Brasil. Produziu diversos filmes, entre eles, Nhô Anastácio chegou de viagem, considerada a primeira comédia cinematográfica brasileira. Após a morte de sua esposa, em 1914, se muda para Paris, só voltando para o Brasil em 1920. Já doente, morre no dia 12 de janeiro de 1923.
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Marc Ferrez. Brasil: território e imagem
Rio de Janeiro, Brasil
IMS Rio
7 de dezembro de 2019 a 19 de abril de 2020
Marc Ferrez. Brasil: território e imagem
São Paulo, Brasil
IMS Paulista
26 de março a 25 de agosto de 2019
O paço, a praça e o morro
Rio de Janeiro, Brasil
IMS Rio
De 24 de junho a 28 de agosto de 2016
Rio: primeiras poses - Visões da cidade a partir da chegada da fotografia (1840-1930)
Rio de Janeiro, Brasil
IMS Rio
De 28 de fevereiro de 2015 a 28 de fevereiro de 2016
Emancipação, inclusão e exclusão. Desafios do passado e do presente
Minas Gerais, Brasil
IMS Poços
De 19 de abril a 16 de agosto de 2015
Marc Ferrez – mestre da fotografia do século XIX
Minas Gerais, Brasil
IMS Poços
De 23 de fevereiro a 8 de junho de 2014
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