Blog do Cinema
Vamos fugir
Em tempos de sufoco pode vir a calhar um bom filme escapista, como Cidade perdida. A atualização de uma fórmula consagrada se dá pela caracterização da sociedade contemporânea, com seus magnatas excêntricos, seu culto às celebridades e aos “influenciadores”, sua cultura do imediatismo e seu consumo descartável.
Melanina política
Medida provisória, de Lázaro Ramos, em cartaz nos cinemas do IMS, é um pequeno fenômeno de público. É um acontecimento cultural e político, mais do que cinematográfico. Em outras palavras: é um filme mais importante do que bom. As boas intenções acabam por cercear e sufocar as possibilidades de criação cinematográfica.
O corpo da tela
Kleber Mendonça Filho, cineasta e coordenador de Cinema do IMS, comenta o conteúdo da programação de filmes na volta das salas de exibição do Instituto. Destaca três longas estrangeiros (Titane, Vitalina Varela e Christine, o carro assassino) e um brasileiro (Madalena), que têm em comum a temática do corpo.
O surrealismo feminista de Germaine Dulac
Desde sempre as mulheres lutaram nas trincheiras do cinema de vanguarda, e uma das pioneiras a desbravar esse terreno foi uma das primeiras cineastas feministas, a francesa Germaine Dulac, cujos filmes serão exibidos na sessão Cinética de abril no IMS. (Bárbara Bergamaschi)
Japão em transe
Chega aos cinemas outro ótimo filme japonês, A mulher de um espião, de Kiyoshi Kurosawa, thriller de espionagem misturado com drama amoroso. Ambientado em 1940 na cidade portuária de Kobe, o filme ganhou o prêmio de direção em Veneza e tem como um dos roteiristas o diretor de Drive My Car.
O corpo no cinema
Em abril as sessões presenciais estão de volta aos cinemas do IMS em São Paulo e no Rio de Janeiro. Kleber Mendonça Filho apresenta a programação do mês de retorno, que terá como eixo o corpo, com obras como Vaga carne (foto), e trará também filmes produzidos para o programa IMS Convida e documentários do festival É Tudo Verdade.
