A dupla formada pelo carioca Maurício Dias e pelo suíço Walter Riedweg utiliza vídeo e fotografia em projetos na fronteira entre o documental e o ficcional. Há alguns anos eles desenvolvem uma pesquisa sobre o universo psiquiátrico, tema do projeto Casulo, na coleção de Fotografia Contemporânea do IMS.
Sofia Borges utiliza a fotografia para interrogar a própria definição de imagem, escolhendo como temas ambientes onde uma ideia de representação já existe a priori, como museus e cavernas pré-históricas. Desenvolve trabalhos que questionam a noção de mímesis e a impossibilidade da linguagem em traduzir a realidade.
Com uma produção que mescla fotografia, vídeo e publicações, o fluminense Vijai Patchineelam assumiu a função de editor e curador de um arquivo familiar para realizar o livro Samba Shiva – As fotografias de Sambasiva Rao Patchineelam, projeto contemplado com a Bolsa de Fotografia ZUM/IMS.
João Castilho (Belo Horizonte,1978) é artista visual, trabalha com fotografia, vídeo e instalação. Sua produção tem influências do cinema, da literatura e da cultura popular e dialoga com temas ligados à natureza e a paisagens do Cerrado brasileiro. Como em Zoo, em que fotografou animais silvestres e selvagens que vivem em ambientes domésticos.
Letícia Ramos (Santo Antônio da Patrulha/RS – 1976) tem como foco de investigação artística a criação de aparatos fotográficos, misturando influências do cinema experimental e de suportes que remetem ao surgimento da fotografia. Seus projetos são orientados muitas vezes por relatos e personagens ficcionais ou encontrados na literatura científica.
Tatewaki Nio (Kobe, Japão – 1971) é um fotógrafo japonês radicado em São Paulo, com interesse em conexões culturais entre centros urbanos e diásporas transatlânticas. A arquitetura é elemento central em suas fotografias. Utiliza um rígido enquadramento frontal que reduz o volume e a perspectiva e reforça uma artificialidade das paisagens.
Dora Longo Bahia é artista multimídia, com uma obra iniciada nos anos 1980 que trata de temas como violência, sexo, morte e crítica institucional. Nos últimos anos, sua produção se aproximou mais de uma crítica social e política, integrando projetos de criação coletiva que se apropriam de imagens como forma de militância.
Helena Martins-Costa (Porto Alegre, 1969) desenvolve suas séries a partir de uma coleção de fotografias formada há mais de 20 anos, criando tipologias entre elas. Garimpa imagens em sebos, antiquários, espólios, feiras e na internet, interessando-se por álbuns de família e outras fotografias amadoras descartadas.
A influência de fluxos migratórios recentes em memórias individuais e comunitárias é um dos temas investigados pelo coletivo Trëma. Dedicado à fotografia documental e editorial, produz estórias que discutem temas da sociedade brasileira contemporânea, com especial interesse em manifestações identitárias.
