Jonathas de Andrade (Maceió, 1982) é um dos nomes de destaque na produção contemporânea com um trabalho que trata da memória coletiva e histórica brasileira, utilizando fotografia, vídeo e instalações. A contraposição entre elementos distintos é um tema presente em sua obra. O embate entre imagens e palavras já apareceu em Educação para adultos (2010), com recriações de painéis de alfabetização do educador Paulo Freire; ou na instalação Nostalgia, sentimento de classe (2012), onde a reprodução de um painel de cerâmica modernista é intercalada por fragmentos de um texto com palavras ocultadas pelas fibras de vidro. No projeto Eu, mestiço (2017), baseou-se na pesquisa Raça e Classe Social no Brasil Rural (1952), feita pela Unesco, fotografando personagens nas regiões visitadas na época e compondo uma instalação que responde a uma falsa ideia de democracia racial trazida na pesquisa.

Estudou Comunicação na Universidade Federal de Pernambuco, em Recife, onde vive. Realizou exposições individuais no Museum of Contemporary Art, em Chicago (2019); New Museum, em Nova York (2017), Masp (2016-17); The Power Plant, Toronto (2017), entre outras instituições. Tem obras em coleções como Tate Modern, Londres; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madri; MoMA, Nova York; e Centre Georges Pompidou, Paris.