Sofia Borges (Ribeirão Preto/SP – 1984) utiliza a fotografia para interrogar a própria definição de imagem, escolhendo como temas ambientes onde uma ideia de representação já existe à priori, entre eles museus, zoológicos ou cavernas pré-históricas. Desenvolve trabalhos que questionam sobre a origem do mundo, a noção de mímesis e a impossibilidade da linguagem em traduzir a realidade. Em The Swamp [O pântano], publicação ganhadora do Prêmio de Primeiro Livro de 2016 da editora inglesa Mack, 70 fotografias entre retratos e vestígios arqueológicos são vistas como abstrações, em uma organização que recusa operações narrativas. Na série Teatro para artifício, desenvolvido para a Bolsa de Fotografia ZUM 2017, amplia sua pesquisa visual sobre a natureza da imagem para o universo da performance, do teatro e da tragédia.

É formada em Artes Visuais pela Universidade de São Paulo (2008) e atua também como curadora. Foi uma das fotógrafas indicadas ao Foam Paul Huf Award (Holanda) em 2010, 2014 e 2020. Participou da 30ª Bienal de São Paulo (2012) como artista e da 33ª Bienal de São Paulo (2018) como curadora convidada, e integrou a coletiva Being: The New Photography Exhibition (2018), realizada no MoMA.