Por Dentro dos Acervos
Silvio Pinhatti e a paixão pela fotografia
Um dos maiores laboratoristas do país, Silvio Luiz Pinhatti, morto aos 61 anos em decorrência da Covid-19, atuou por cerca de 20 anos em parceria com Maureen Bisilliat, cujo acervo está sob a guarda do IMS. Na imagem ao lado, os dois estão no laboratório com Assis (à esquerda), personagem de uma das imagens icônicas da fotógrafa. (Nani Rubin)
Cadernos de Paris: Otto Lara Resende
Entre 7 e 21 de janeiro de 1989, o jornalista e escritor mineiro preencheu dois cadernos com experiências vividas em Paris, que explodia em comemorações do bicentenário da Revolução Francesa. Um dos objetivos da viagem era deixar na cidade a filha Heleninha, à direita na foto. (Elvia Bezerra)
Caderno de viagem: Erico Verissimo
Apesar de Erico Verissimo ter afirmado que nunca manteve diário de viagem, há um caderno seu, de 1966, que pode se inserir nesta categoria. No volume robusto, o escritor anotou relatos de viagem, notadamente de sua visita a Israel, que resultou na obra Israel em abril, mas também de Solo de clarineta, seu livro de memórias. (Elvia Bezerra)
Caderno do LSD: Paulo Mendes Campos
No fim dos anos 1950, Paulo Mendes Campos se viu fascinado pelo LSD. Suas pesquisas minuciosas foram tema de quatro colunas na revista Manchete e recheiam um de seus cadernos sob a guarda do IMS. Depois de tomar a droga, em 1962, com acompanhamento médico, relatou suas sensações na longa crônica “Uma experiência com ácido lisérgico”. (Elvia Bezerra)
O poeta do mar & o cronista do sertão
Euclides da Cunha e Vicente de Carvalho se corresponderam durante anos, mas até pouco tempo só se conheciam as cartas do autor de Os sertões. Um álbum do poeta no acervo de Literatura do IMS tornou possível a instauração de um diálogo epistolar entre eles e revelou a amizade pontuada pela política da vida literária. (Elvia Bezerra)
Caderno de memorialista: Ana Cristina Cesar
Aos 11 anos de idade, Ana Cristina Cesar escreveu uma autobiografia, Memórias de uma criança, “publicada” com o selo de sua editora, a Problemas Universais. No caderno sob a guarda do IMS, chama a atenção a coerência entre o que ela esboçava na infância e o que realizaria na vida adulta. (Elvia Bezerra)
A estreia de Paulo Mendes Campos na imprensa
Estreias costumam ser trepidantes, mas nem sempre marcam tão profundamente quanto a de Paulo Mendes Campos, quase menino quando publicou “Raul de Leoni – poeta enganador”, seu primeiro artigo na imprensa, em 1939. Trinta anos depois, ele diria sobre o episódio: “Uma vez, e só uma vez conheci a glória”. (Elvia Bezerra)