Protegido: Em 1964: arte e cultura no ano do golpe
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Vinte e três textos do escritor mineiro – alguns inéditos – pertencentes ao arquivo do autor.
edição fac-similar da carta escrita por Paulo Mendes Campos em agosto de 1945 – poucos dias depois de se mudar para o Rio de Janeiro – para o amigo Otto Lara Resende, que ainda vivia em Belo Horizonte.
Jornalista de brilho singular e autor de um único e primoroso romance, O braço direito, foi considerado contista sombrio, em contraste com a personalidade solar que exibia quando em grupo e que, creem alguns, teria ofuscado sua obra, na qual o apuro da linguagem é constante.
Cronista que alargou as fronteiras do gênero, alternando textos longos, de caráter ensaístico, com textos curtos, costumava dizer que a literatura lhe tinha vindo “no sangue”. Foi ainda poeta e tradutor, e soube disfarçar erudição, que era muita, em prosa leve.
Devotado ao combate a qualquer pensamento reacionário, o professor e historiador da economia e da política brasileiras deixou centenas de artigos e alguns livros sobre temas de sua especialidade. Colocava a literatura próxima à história, e é cofundador da revista literária Edifício.
Apresentação A atividade jornalística frenética a que logo se dedicou em Diário de Notícias, O Globo, Diário Carioca e Correio da Manhã, do Rio, não o sequestrava do contato quase sempre diário com os amigos, […]
O que mais importa no acervo de um artista é, decerto, a sua obra. Mas não há patrimônio cultural que escape de certas miudezas de caráter pessoal – como o nariz de porco do David Zingg – que aguçam a curiosidade de pesquisadores e humanizam as joias da coroa de qualquer coleção.
“Tirem a roupa toda, se quiserem, mas não tirem o chapéu”, escreveu Paulo Mendes Campos, e como se vê nesta antologia de coberturas de cabeça seu amigo Otto Lara Resende parece ter seguido a orientação à risca. (Elvia Bezerra)