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Conflitos

Fotografia e violência política no Brasil 1889-1964

09 Revolução de 1930

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Claro Jansson
Getúlio Vargas em passagem por Itararé. Itararé, SP, 1930
Impressão digital em jato de tinta sobre papel de algodão. Acervo Jandira Jansson

O fotógrafo sueco Claro Jansson ficou conhecido pelas fotos que fez da Guerra do Contestado, mas também registrou os conflitos de 1924, 1930 e 1932.

Durante a Revolução de 1930, Jansson documentou a passagem das tropas comandadas por Getúlio Vargas e Góis Monteiro pela divisa de São Paulo com o Paraná. A coluna liderada por Vargas havia saído do Rio Grande do Sul rumo à capital federal. Jansson escolheu registrar este momento, pois havia grande expectativa de que a chegada das tropas rebeldes no Estado de São Paulo transformasse a região num campo de batalha sangrento. O que acabou não ocorrendo. Nesta imagem, o líder civil Getúlio Vargas, fardado, fuma um charuto ao lado dos militares que o apoiavam, na estação ferroviária de Itararé.

Jansson produziu álbuns sobre a revolução com fotografias no tamanho 9 × 12 cm, acompanhadas por legendas explicativas. Eram fotos dos locais de combate, de trincheiras, de sepulturas e de grupos de soldados armados. Seus clientes podiam optar pelo álbum completo ou por coleções de postais. Ele trabalhava com chapas de vidro e celuloide, na maioria das vezes com câmeras de grande formato, o que dificultava o registro de cenas de ação. Jansson também documentou a Revolução de 1930 com estereoscopias, técnica usada desde a segunda metade do século XIX para criar a ilusão de tridimensionalidade. Esse tipo de imagem continuou popular na primeira metade do século XX.