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Contraste

A hora de Clarice

“Na literatura brasileira não tem ninguém que fale como ela fala”. A afirmação é de Eucanaã Ferraz, e ela é Clarice Lispector, dona de uma obra que conquistou admiradores por sua capacidade de dançar, com sutileza e clareza, sobre áreas de sombra, como costumam ser os turbilhões do ser humano.


Acervo vivo

A obra da cearense Rachel de Queiroz (1910-2003) começa a ser reeditada com o lançamento de uma edição em capa dura de O Quinze, seu romance de estreia, publicado em 1930. Para esta 104ª edição o acervo da escritora, sob guarda do Instituto Moreira Salles desde 2006, foi fundamental.


O mundo de Drummond

Uma detalhada aula sobre o poema A máquina do mundo, de Carlos Drummond de Andrade, apresentada pelo músico e escritor José Miguel Wisnik, foi um dos destaques da programação do Dia D no IMS Rio em 2016. Publicada em 1951, a obra pode ser lida como uma síntese de várias questões que marcaram a obra do poeta.


Lisbela na companhia de Autran

Em 1961, Paulo Autran e Tônia Carrero estrelaram com grande sucesso a peça “Lisbela e o prisioneiro”, texto de Osman Lins que se destacou no concurso promovido pela Companhia Tônia-Celi-Autran em 1959.


Caderno de editora: Ana Cristina Cesar

Além da prática constante da escrita na infância, Ana Cristina Cesar encarou e encarnou igualmente dos 10 aos 14 anos de idade o papel de editora, num interesse que culminou na criação da fictícia editora Problemas Universais, marcada também como Prouni em seus manuscritos.


Quando desejos outros é que falam

Com tom mais amoroso do que francamente libertino, o erotismo percorreria a obra de Drummond. O gosto do poeta por este gênero de literatura reservou em sua biblioteca espaço para um número generoso de obras de temática erótica, além de inspirar a colaboração com Horácio de Almeida no Dicionário erótico da língua portuguesa e no Dicionário de termos eróticos e afins.


“Tirando o chapéu, o homem está nu”

“Tirem a roupa toda, se quiserem, mas não tirem o chapéu”, escreveu Paulo Mendes Campos, e como se vê nesta antologia de coberturas de cabeça seu amigo Otto Lara Resende parece ter seguido a orientação à risca. (Elvia Bezerra)


Caderno de cronista: Paulo Mendes Campos

Paulo Mendes Campos certamente foi um dos mais produtivos entre os muitos escritores que mantiveram cadernos com anotações variadas. O IMS guarda 55 deles em seu acervo. Elvia Bezerra comenta sua importância na obra do cronista, que teve parte dos textos reunida, em 2015, no livro De um caderno cinzento: crônicas, aforismos e outras epifanias.


Cartas de Clarice

Paulo Gurgel Valente, filho de Clarice Lispector, doou ao IMS o conjunto de originais de 120 cartas de sua mãe endereçadas a Elisa Lispector e Tânia Kaufmann. Essa seleção dá conta dos quase 20 anos em que Clarice esteve no exterior acompanhando o marido diplomata.


Alécio e sua “big ternura pela vida”

Amizades verdadeiras podem começar ao acaso e foi assim que, em 1964, Carlos Drummond de Andrade, ao visitar a exposição Itinerário da infância, ficaria encantado com o trabalho do jovem fotógrafo Alécio de Andrade. Em 1979, o poeta presenteou o amigo com o poema O que Alécio vê.